Social-democratas da Macedônia voltam ao parlamento após um ano de boicote

  • Por Agencia EFE
  • 01/09/2015 12h21
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Skopje, 1 set (EFE).- Os deputados do principal partido de oposição da Macedônia, o União Social-Democrata da Macedônia (SDSM), retornaram nesta terça-feira ao parlamento após boicotá-lo desde as Legislativas de abril de 2014 em protesto pelo que acusaram de ser uma fraude eleitoral.

Os 31 deputados de SDSM tinham acusado alguns políticos do partido governante, os conservadores do VMRO-DPMNE, que revalidaram pela quarta vez seu mandato de governo, de abusar do poder da máquina administrativa.

A crise política se acentuou no início de ano quando o SDSM começou a publicar escutas telefônicas ilegais, que pretendiam provar que altos funcionários do Estado estavam envolvidos em casos de corrupção.

Finalmente, e com mediação da Comissão Europeia, todos os partidos políticos com representação parlamentar chegaram em 15 de julho a um acordo para evitar que esta crise pusesse em perigo a futura integração do país balcânico à União Europeia.

Os partidos concordaram em convocar eleições gerais antecipadas, em 24 de abril do ano que vem, e também que um promotor especial investigue as acusações de corrupção e o escândalo das escutas.

O processo eleitoral determina que o primeiro-ministro, Nikola Gruevski, deverá renunciar no fim do ano ou no máximo no início do ano que vem. Em seguida um governo de transição será formado para organizar as eleições.

Ao mesmo tempo, o governista VMRO-DPMNE aceitou renunciar a alguns dos ministérios, como o de Interior, que será ocupado a partir de outubro por alguém designado pelo SDSM.

O objetivo desta remodelação prévia é reforçar a confiança entre os partidos e garantir que o processo eleitoral se desenvolva com normalidade. EFE

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