Sociedade Interamericana de Imprensa classifica atentado em Paris de barbárie

  • Por Agencia EFE
  • 07/01/2015 19h49
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Miami, 7 jan (EFE).- A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) qualificou nesta quarta-feira de “ato de barbárie” o atentado terrorista contra a revista francesa “Charlie Hebdo”, que deixou 12 pessoas mortas.

A SIP, com sede em Miami, nos Estados Unidos, expressou sua “profunda consternação” e solidariedade com as vítimas deste atentado hoje em Paris contra a sede da revista Charlie Hebdo, um ataque que tachou de “ato de barbárie contra a sociedade democrática que sempre abraçou com respeito e tolerância as opiniões e críticas mais diversas e plurais”.

Gustavo Mohme, presidente da SIP, transferiu, em nome da instituição, suas “condolências aos colegas e familiares das vítimas” e ressaltou que atentados deste tipo “desnaturalizam o sentido democrático, cujo valor primordial se fundamenta no respeito de cada cidadão a expressar suas opiniões sem nenhum tipo de represálias”.

Ele destacou que os “conflitos jamais devem se resolver com violência, mas através dos tribunais”.

“Hoje este atentado nos lembra quão frágil pode ser a liberdade de expressão e de imprensa e, por sua vez, que não devemos dá-la por certa, mas defendê-la, protegê-la e promovê-la cotidianamente”, ressaltou Mohme.

Por sua vez Claudio Paolillo, presidente da Comissão de Liberdade de Imprensa e Informação da SIP, apontou que a sátira e o humor são gêneros que “podem ser mais mordazes que outros dentro do jornalismo, mas de nenhuma forma isso pode servir para justificar ações violentas e detestáveis como as de hoje”.

Também não “se podem justificar as censuras mais sutis impostas por lei ou com sanções econômicas a imprensa, caricaturistas e jornalistas”, acrescentou.

“As caricaturas, a sátira e o humor são expressões humanas e direitos que devem ser protegidos por lei e pela justiça, que devem ser implacáveis em sua defesa contra os intolerantes”, pôs de relevo.

Desde 2006, após a publicação de um número com caricaturas de Maomé, a “Charlie Hebdo” recebeu contínuas ameaças, e sua sede chegou a ser atacada em 2011 com coquetéis molotov. EFE

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