Solar Impulsione II faz últimos preparativos para travessia pelo Pacífico
Pequim, 25 abr (EFE).- O avião Solar Impulsione II, que tenta ser o primeiro a dar a volta ao mundo alimentado por energias alternativas, realiza nesta segunda-feira os preparativos finais para partir nesta madrugada de Nanquim, na China, com destino ao Havaí (Estados Unidos), em uma arriscada travessia de cinco dias e cinco noites pelo Oceano Pacífico.
“Será o voo da minha vida”, escreveu hoje no Twitter o piloto suíço André Borschberg, encarregado de pilotar o avião, que disse estar “eufórico, mas preparado para o pior” em um voo que segundo os responsáveis do projeto não terá as condições meteorológicas adequadas.
O Solar Impulsione II chegou a Nanquim em 21 de abril vindo de Chongqing, na China, e atrasou em várias vezes a etapa seguinte, por conta dos tufões e do tempo ruim que nas últimas semanas foi registrado em algumas áreas do Pacífico.
Às dificuldades climatológicas se une a longa distância deste voo, no qual o avião deverá percorrer 8 mil quilômetros, o que supera à soma dos seis voos anteriores, nos quais o Solar Impulsione, que partiu de Abu Dhabi em 9 de março, voou 6 mil quilômetros.
Nas horas anteriores a decolagem, a equipe realiza inspeções do aparelho, assim como trabalhos de carga de mantimentos para o piloto suíço, que, por motivos de saúde, teve que passar alguns dias em seu país enquanto o Solar Impulsione II permanecia na China.
A aeronave, alimentada com mais de 17 mil placas solares, tem por objetivo completar a volta ao mundo em 12 voos, que já incluíram até o momento escalas em Mascate (Omã), Ahmedabad e Varanasi (Índia), Mandalay (Mianmar), Chongqing e Nanquim, em voos nos quais Borschberg foi se revezando com o também suíço Bertrand Piccard.
Depois do Havaí, o avião tem previstas várias escalas nos Estados Unidos e na Europa, antes de retornar à capital dos Emirados Árabes Unidos.
Os promotores desta aventura querem provar que é possível voar com energia limpa a longas distâncias tanto de dia quanto de noite, já que as placas do aparelho podem acumular a carga necessária para voos noturnos. EFE
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