Soldados da Marinha egípcia desembarcam no porto iemenita de Áden
Sana, 2 abr (EFE).- Dezenas de soldados da Marinha egípcia desembarcaram nesta quinta-feira no porto iemenita de Áden, onde os rebeldes houthis protagonizam duros combates com as milícias leais ao presidente Abdo Rabbo Mansour Hadi, que está refugiado na Arábia Saudita, segundo testemunhas.
Esta é a primeira informação sobre o desembarque de tropas no país, que não entraram em combate – segundo as fontes -, desde que há uma semana foi anunciado o começo da operação “Tempestada de Firmeza”, cujo objetivo é recolocar Hadi no poder.
Segundo um funcionário do porto de Áden, os soldados foram desdobrados no local para assegurar a operação de evacuação de cidadãos estrangeiros e não para tentar deter o avanço dos rebeldes.
No marco da ofensiva militar liderada por Riad contra o movimento xiita dos houthis, Cairo enviou quatro fragatas para o litoral iemenita para bloquear seus portos e proteger o estreito de Bab al Mandeb, por onde passa o tráfego marítimo que atravessa o Canal de Suez, entre o Mediterrâneo e o Mar Vermelho.
Testemunhas indicaram à Agência Efe que os rebeldes contam com tanques, com os quais enfrentam as forças leais ao presidente, que têm em sua posse veículos blindados, no bairro de Kriter, onde está a parte antiga da cidade.
Hamida Qasem, um habitante da zona assegurou à Efe via telefônica que “os choques são muito violentos, as explosões fazem as casas tremer”.
“A situação é dramática, estão caindo obuses nas casas”, disse Qasem, que acrescentou que várias crianças e mulheres se refugiaram nas mesquitas com a esperança que não sejam alvo dos ataques das distintas facções.
Fontes dos houthis asseguraram que o movimento rebelde tomou o controle do Palácio Presidencial, situado no bairro de Al Maashik, assim como com a casa de Hadi, na zona de Jur Mukasar.
Áden, no sul do país, foi a cidade escolhida por Hadi para estabelecer sua sede em fevereiro, após fugir de Sana, que está nas mãos dos rebeldes houthis.
Na quinta-feira passada, a Arábia Saudita, à frente de uma coalizão árabe, lançou uma ofensiva aérea contra os rebeldes para tentar frear o avanço em direção à cidade de Áden. EFE
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