Soldados de força de paz da ONU enfrentam rebeldes sírios nas Colinas de Golã

  • Por Agencia EFE
  • 30/08/2014 07h24
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Cairo, 30 ago (EFE).- Boinas azuis da ONU enfrentaram neste sábado rebeldes sírios da Frente al Nusra, filial da Al Qaeda na Síria, nas Colinas de Golã, onde permanecem sequestrados pelo menos 44 membros da força de paz, cidadãos de Fiji.

O diretor do Observatório Sírio de Direitos Humanos, Rami Abderrahman, disse à Agência Efe por telefone que explodiram choques entre os insurgentes e soldados da Força das Nações Unidas de Observação da Separação nas Colinas de Golã (UNDOF), que atua nesta zona entre Síria e Israel.

Alguns boinas azuis sofreram uma emboscada dos combatentes da Frente al Nusra, afirmou Abderrahman.

Nesta manhã também foram ouvidos disparos nos arredores da sede da UNDOF em Ruihina e o regime sírio bombardeou a periferia da cidade de Brega (cidade líbia), segundo o Observatório.

Fontes da Frente al Nusra disseram ao grupo de direitos humanos que o sequestro de mais de 40 boinas azuis é uma resposta ao fato de “alguns soldados de (o presidente Bashar) Assad terem se refugiado em um posto da ONU na zona de Tal Krom”.

Em comunicado, o Observatório acrescentou que pelo menos um combatente dessa organização rebelde morreu em confrontos com as forças do governo sírio na cidade de Quneitra.

Ontem, a ONU confirmou que 44 soldados de Fiji foram detidos na quinta-feira pelo grupo radical islâmico e que outros 72 membros da mesma força de paz e de nacionalidade filipina estão impedidos de se deslocar pela área.

Em um primeiro momento, o organismo considerou que estes incidentes seriam consequência de um “aumento nos combates” ali entre homens armados e forças do exército sírio.

Em março e maio do ano passado um número indeterminado de boinas azuis foram detidos por “elementos armados” não identificados, mas colocados em liberdade sem ferimentos.

A UNDOF foi criada em 31 de maio de 1974 para supervisionar o acordo entre Síria e Israel para a retirada nas Colinas de Golã, depois de Israel ocupar parte desse território ao finalizar da guerra de 1967. EFE

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