Soldados e aviões israelenses entram sem autorização no Líbano

  • Por Agencia EFE
  • 06/11/2014 14h40

Beirute, 6 nov (EFE).- Uma patrulha de infantaria de Israel entrou nesta quinta-feira sem autorização no sul do Líbano, também pelo espaço aéreo, com vários aviões de reconhecimento, informaram o exército libanês e a agência nacional de notícias “ANN”.

Oito soldados israelenses se adentraram cerca de 150 metros na área de Shahel, a oeste das disputadas fazendas de Chebaa, perto de uma posição de uma unidade indiana das forças da ONU, com as quais tiveram um enfrentamento que durou meia hora até os israelenses se retirarem, segundo a “ANN”.

O exército libanês informou em comunicado que vários aviões de reconhecimento israelenses violaram o espaço aéreo libanês antes de se retirarem.

Para o chefe da Segurança Nacional, general Abbas Ibrahim, Israel e os takfiris (extremistas sunitas) constituem uma ameaça para o Líbano, por quererem levar o país a uma guerra civil.

“Os perigos do terrorismo takfiri e do sionismo são iguais e cada um reforça a posição do outro. A relação aberta e de cumplicidade entre eles não é segredo para ninguém”, disse o militar em entrevista à revista “Al Amid al Amem” (Segurança Geral).

Segundo Ibrahim, “o terrorismo tenta destruir o Líbano através da criação de conflitos que aplainam o caminho para uma guerra civil por meio de ataques contra a instituição militar e os outros órgãos de segurança que garantem a paz e a estabilidade”.

Ele garantiu que o Líbano não sucumbirá a essas ameaças e pediu a unidade e a solidariedade dos libaneses diante destes desafios.

As instituições de segurança precisam de “cobertura e de imunidade moral para resistir e efetuar seu dever nacional nestas circunstâncias difíceis”, ressaltou.

As fazendas de Chebaa, reivindicadas pelo Líbano, continuam parcialmente sob controle de Israel, apesar de que o país ter se retirado do sul do Líbano em maio de 2000, após 22 anos de ocupação.

A situação no sul do Líbano é regida pela resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU, que pôs fim à guerra entre Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah em 2006, que deixou 1.200 mortos e milhares de feridos. EFE

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