“SP terá casos de microcefalia associados ao zika vírus”, garante secretário de Saúde

  • Por Jovem Pan
  • 07/12/2015 15h45
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***FOTO EMBARGADA PARA ESTADO DE PERNAMBUCO*** RECIFE, PE, 18.11.2015: SAÚDE-GOVERNO - O casal Genésio Oliveira e Joseana Oliveira, o seu bebê recém-nascido no Hospital Oswaldo Cruz, com microcefalia após seu nascimento em Manarí (PE). O Ministério da Saúde divulgou nesta terça-feira (17) o primeiro boletim com os números dos casos já identificados de microcefalia. De acordo com o governo, já foram notificados 399 recém-nascidos com o problema, em sete Estados, todos na região Nordeste do Brasil. (Foto: Ricardo B. Labastier/ JC Imagem/Folhapress) Folhapress bebê

O secretário estadual da Saúde garantiu nesta segunda-feira (07) que São Paulo terá casos de microcelafia associados ao zika vírus no futuro. No entanto, David Uip alertou que, até o momento, nenhuma suspeita foi confirmada oficialmente. Nem o caso envolvendo um bebê em Guarulhos, na região metropolitana, na semana passada.

“Eu posso afirmar para vocês que nós vamos ter zika vírus em São Paulo. Eu poasso afirmar que teremos casos de microcefalia causados por zika vírus em São Paulo. Senão nós não estaríamos aqui hoje apresentando um plano estadual. O que estou afirmando também é que neste momento eu não tenho um caso de microcefalia com confirmação de diagnóstico de zika vírus. E mais, reafirmo que até este momento trabalhamos com um número igual ao da média histórica dos últimos cinco anos”, explicou.

A afirmação foi feita na cerimônia de lançamento de uma força-tarefa com 30 mil homens da Polícia Militar e da Defesa Civil para eliminar os criadouros do mosquito Aedes aegypti em todo o Estado.

Segundo o secretário, o Instituto Adolfo Lutz está desenvolvendo um novo teste para identificar a presença do zika vírus no organismo com mais precisão.

A medida integra esse grande pacote, que reúne ainda 12 secretarias sob coordenação da Saúde e, na prática, dá mais suporte às vistorias em residências, onde se concentra 80% dos focos.

O governador Geraldo Alckmin deve acionar também a operação delegada, que escala para uma jornada de trabalho extra PMs de folga. Ele espera o auxílio do Exército Brasileiro para combater o mosquito responsável pela transmissão não só do zika, mas da chikungunya e da dengue.

Alckmin não descartou criar uma lei estadual que garanta a entrada dos agentes de saúde nas casas (mesmo que a força) e também disse depender da Anvisa iniciar a fase 3 da vacina contra a dengue, o que já seria um bom começo.

Com a aprovação dos testes, os primeiros resultados sairiam nos próximos 6 meses com o consequente início da produção da vacina, a primeira do mundo.

O pacote de medidas conta com um fundo de R$ 112 milhões que privilegiará também o atendimento as grávidas.

O teste do zika vírus será incluído no pré-natal das gestantes, assim como o auxilio psicossocial àquelas que tiverem filhos portadores da deformidade do crânio.

*Informações da repórter Carolina Ercolin

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