#SP461anos: conheça a trajetória de Pietro Maria Bardi, um dos responsáveis pela criação do MASP
É difícil definir a profissão de Pietro com uma única palavra. Em 99 anos de vida ele foi jornalista, historiador, crítico, colecionador, expositor e negociador de obras de arte. Ao lado de Assis Chateubriand, foi o responsável pela criação do Museu de Arte de São Paulo (MASP).
Pietro nasceu em 21 de fevereiro de 1900 na pequena cidade italiana de La Spezia.Inicialmente sua formação acadêmica não foi das melhores. Em algumas entrevistas, ele próprio afirmou ter reprovado quatro vezes o equivalente à terceira série do ensino fundamental.
Abandonou a escola, desanimado pelo insucesso, e atribuía sua inteligência a um acidente doméstico: após uma queda em que feriu a cabeça, tomou gosto pela leitura. Passou a ler absolutamente tudo que podia, hábito que o acompanhou por toda a vida.
Sua primeira passagem pelo Brasil aconteceu em 1933, quando já era diretor da Galleria d’Arte di Roma e veio apresentar uma exposição em Buenos Aires, na Argentina.
Após o término da II Guerra Mundial, Pietro conheceu aquela que seria sua segunda mulher e companheira para o resto da vida: a arquiteta Lina Bo. Em 1946, já casados, eles se aventuram para o Brasil, que, no período pós-guerra, era uma terra de oportunidades e muito próspera no que diz respeito à arquitetura.
Com uma carreira já sólida no mundo da arte, Pietro desembarca no Brasil carregando uma coleção considerável de obras de arte e peças de artesanato. Com essas peças trazidas da Itália, eles organizam uma exposição no Rio de Janeiro, onde conhece Assis Chateubriand. Sem dúvida do talento artístico de Bardi, o empresário o convida para montar o museu que há anos estava idealizado.
Entre desenvolvimento e comando, Pietro Bardi passou quase 49 anos à frente do MASP. Com a saúde bastante debilitada, ele se afastou do museu em 1996, quatro anos após a morte de sua esposa. Pietro faleceu em 1999, com quase 100 anos de vida.
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