Sri Lanka realizará em janeiro eleições presidenciais antecipadas

  • Por Agencia EFE
  • 20/10/2014 16h40
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Nova Délhi, 20 out (EFE). – O Sri Lanka realizará eleições presidenciais em janeiro, dois anos antes do previsto, nas quais Mahinda Rajapaksa será candidato um terceiro mandato, anunciou o governo local, conforme publicou nesta segunda-feira a imprensa do país.

“As eleições presidenciais acontecerão em janeiro. Neste momento, não posso dizer a data exata porque, embora eu saiba, ainda necessita ser confirmada”, afirmou o porta-voz do Executivo e ministro da Informação, Keheliya Rambukwella, durante um ato político na cidade de Kandy, no centro do país.

Ele pediu que os habitantes deixem de lado suas diferenças e votem unidos em Rajapaksa para que prospere sua luta pela paz e o desenvolvimento do Sri Lanka, segundo os jornais locais “Adaderana” e “Colombo Gazette”. Rajapaksa, que completará 69 anos em novembro, foi reeleito em 2010, em parte impulsionado pela vitória militar atingida em 2009 pelo exército sobre a guerrilha dos Tigres de Libertação da Pátria Tâmil (LTTE), após mais de 25 anos de conflito armado.

Em setembro de 2010, o presidente conseguiu ampliar seus poderes executivos com uma reforma constitucional que lhe permite agora se apresentar a um terceiro mandato, antecipar atos eleitorais e controlar a nomeação de vários cargos.

O Sri Lanka se encontra em um período de estabilidade econômica – com um crescimento de, aproximadamente, 7% – e social, embora a ofensiva de 2009 tenha sido duramente criticada por organizações de direitos humanos e a ONU. A ilha receberá em janeiro, entre os dias 12 e 15, o papa Francisco, uma viagem muito esperada pela minoria cristã do país e durante a qual será canonizado o beato José Vaz, conhecido como “O Apóstolo do Sri Lanka”.

No Sri Lanka 70% da população é budista e 15% pratica o hinduísmo. Os 15% restantes se dividem entre cristãos, muçulmanos e outras confissões. As organizações cristãs que operam na Ásia do Sul são pressionadas, em algumas ocasiões, pelas comunidades budistas e pelos organismos governamentais, sensíveis perante qualquer suposta tentativa de proselitismo dessa religião. EFE

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