Stoltenberg diz que Otan manterá arsenal nuclear “crível” para se defender
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, afirmou, nesta terça-feira (14), que a organização manterá um arsenal nuclear “crível e seguro” para seus propósitos de defesa e dissuasão, além de acrescentar que, apesar do reforço militar no leste da Europa, não procura o enfrentamento com a Rússia.
“Faremos uma avaliação e manteremos tendo um elemento dissuasório nuclear crível e seguro”, indicou, em breve entrevista coletiva antes de entrar em uma reunião com os ministros da Defesa dos países que formam o bloco.
“Realizaremos as atualizações tanto por parte do Reino Unido como dos Estados Unidos sobre suas contribuições para a parte dissuasória nuclear”, comentou Stoltenberg.
Perguntado se a Otan planeja enviar mais armas nucleares ou mísseis balísticos em países do leste da Europa, o secretário-geral não quis dar detalhes, “vamos seguir tendo um elemento dissuasório nuclear crível e seguro como parte da postura de defesa de nossos Estados-membro”, referiu.
Todos os membros da Otan, com exceção da França, que decidiu se manter à margem, participam deste encontro de planejamento nuclear independentemente se eles possuem ou não armas nucleares.
O grupo, que é presidido pelo secretário-geral e reúne, uma vez por ano, os ministros da Defesa, aborda questões como a segurança e a viabilidade dessas armas, comunicações e sistemas de informação, assim como assuntos de preocupação comum, como o controle dos arsenais e a proliferação nuclear.
Os ministros esperam dar seu apoio político à manutenção de quatro robustos batalhões multinacionais por rotação na Lituânia, Letônia, Estônia e a Polônia, na região báltica fronteiriça à Rússia.
O estadista também pontuou que a Otan avalia como aumentar sua presença na região do Mar Negro.
“Nesta reunião e na cúpula (em julho, em Varsóvia) tomaremos decisões particularmente relacionadas com a presença de forças na parte leste da Aliança. Ao mesmo tempo, não buscamos um confronto com a Rússia, não queremos uma nova Guerra Fria, seguiremos buscando uma relação construtiva e de cooperação com Moscou”, assegura.
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