Submarino nuclear incendiado na Rússia será afundado para apagar fogo

  • Por Agencia EFE
  • 07/04/2015 15h52
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Moscou, 7 abr (EFE).- O submarino nuclear russo que pegou fogo nesta terça-feira nos estaleiros de Severodvinsk, no mar Branco, será submergido parcialmente para apagar o foco do incêndio, que começou nos compartimentos inferiores.

O estaleiro “Zviozdochka”, onde o submarino nuclear russo “Oriol” estava em manutenção, tomou a decisão de encher de água o dique seco onde está o equipamento.

“Já abrimos as eclusas do dique para deixar que a água do (rio) Severnaya Dvina entre. O submarino será inundado até o foco do incêndio. Os outros compartimentos foram selados”, informou um porta-voz da Corporação Unida de Estaleiros russa.

Os trabalhos para inundar o submarino e extinguir definitivamente o incêndio levarão entre cinco e sete horas, segundo “Zviozdochka”.

“Segundo dados preliminares, o fogo aconteceu no revestimento de borracha entre o exterior e o interior do submarino”, disse uma fonte policial.

O acidente começou durante o trabalho de soldagem realizado em um dique seco do estaleiro.

“Não havia armamento a bordo do submarino”, informou a fonte.

O combustível nuclear dos dois reatores do aparelho tinha sido retirado, como é habitual, antes do início do conserto, em 2013, informou a administração do estaleiro.

“Os trabalhos para apagar o fogo continuam. Foi possível impedir que se propagasse para outros compartimentos”, disse o porta-voz de “Zviozdochka”.

O comandante-em-chefe da Marinha russa, almirante Viktor Chirkov, garantiu se tratar de um “incêndio menor”, e que acompanha a situação desde o Estado-Maior Naval, em São Petersburgo.

Construído em 1992, o “Oriol” é um cruzeiro submersível da classe Oscar-II, a mesma do “Kursk”, o submarino russo que afundou no mar de Barents em 2000, matando seus 118 tripulantes.

O submarino é movido por dois reatores nucleares de 190 megawatts de potência cada um e em estado de serviço é equipado com 24 torpedos e 24 mísseis cruzeiro antinavio “Granit”. EFE

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