Suíça amplia embargo à carne brasileira

  • Por Estadão Conteúdo
  • 27/03/2017 08h53
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BRA106. LAPA (BRASIL), 21/03/2017 - Vista general de la línea de producción de la compañía del grupo cárnico JBS Seara en la ciudad de Lapa, estado de Paraná, Brasil, la cual fue inspeccionada por el ministerio de Agricultura de Brasil, Blairo Maggi, hoy martes 21 de marzo de 2017. Según la policía, varias de las principales cárnicas del país, entre ellas JBS y BRF, con la complicidad de fiscales sanitarios corruptos, "maquillaron" con productos químicos carnes que estaban en mal estado y no cumplían con los requisitos para la exportación.EFE/Joédson Alves Joédson Alves/EFE Operação Carne Fraca - efe

As autoridades suíças e europeias resolveram estender o embargo contra a entrada da carne brasileira a todos os 21 frigoríficos investigados na Operação Carne Fraca. Até agora, a barreira era apenas aos quatro frigoríficos que efetivamente exportam para a Europa.

Ainda que a maioria dessas empresas não venda para o mercado suíço, a medida tem como objetivo evitar uma manobra dos exportadores para usar o território suíço para conseguir que a carne brasileira chegue aos mercados europeus. 

A União Europeia também indicou que havia solicitado ao Brasil retirar da lista de exportadores qualquer empresa envolvida no caso. Inicialmente, havia citado apenas as quatro empresas, já que esse seria o número de estabelecimentos que de fato estariam participando do comércio internacional. Mas, na sexta-feira, o bloco europeu deixou claro que o embargo estaria válido para todas as citadas na operação e que representassem riscos. 

A UE ainda indicou que todos os carregamentos das empresas citadas na operação seriam impedidos de passar as fronteiras do bloco, mesmo que já estivessem em navios a caminho da Europa. As próprias autoridades brasileiras já haviam barrado a exportação das 21 empresas e a nova postura, na prática, não muda a realidade.

A partir de hoje, o comissário de Saúde da UE, Vytenis Andriukaitis, vai insistir com o governo brasileiro de que precisa ter confiança no sistema de controle sanitário do País para continuar a importar produto local. A Suíça não faz parte da Comissão Europeia, mas há anos tem como tradição seguir os mesmos padrões adotados por Bruxelas. Segundo o Escritório de Veterinária, porém, banir toda a carne brasileira do mercado suíço seria “desproporcional”. 

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