Sul-africano é acusado de manter filhos em cativeiro durante 8 anos

  • Por Agencia EFE
  • 02/06/2014 13h15

Johanesburgo, 2 jun (EFE).- Um sul-africano compareceu nesta segunda-feira perante um juiz após ter sido acusado de manter em cativeiro durante oito anos, em um quarto de hotel de Johanesburgo, seus quatro filhos, o maior deles com 24 anos e que sofre apresenta problemas psíquicos.

Segundo as primeiras informações, o jovem conseguiu escapar há duas semanas do quarto de um hotel do bairro de Alexandra onde os pais o deixavam trancado e foi tratado em um hospital da capital por conta dos ferimentos causados pelo cativeiro.

A polícia libertou os outros irmãos na sexta-feira, depois de descobrir que viviam presos por seus pais, um jardineiro de 50 anos, e a esposa, de 46 anos, que também está detida.

“O quarto estava cheio de coisas sujas jogadas no chão”, disse ao jornal “Daily Sun” o oficial de polícia Bongani Mbonambi.

Após ser detido, o suposto sequestrador assegurou que tinha trancado seu filho mais velho por conta de sua doença mental.

“Ele fica muito violento, por isso que tinha que mantê-lo fechado na casa”, afirmou.

Além disso, o acusado disse aos trabalhadores sociais que prendeu o resto dos filhos para protegê-los do “mundo violento” que há na rua e evitar, portanto, que fossem assassinados.

“Vivo porta com porta com eles, mas nunca vi ou escutei as crianças”, declarou Mfihleni Ndaonde, vizinho da família no hotel, um edifício que no passado abrigou os mineiros de zonas rurais que iam trabalhar em Johanesburgo e que atualmente serve como habitação para muitas famílias do bairro de Alexandra.

Outro vizinho assegurou que achava que os acusados mexiam com negócios ilegais, já que sempre mantinham as portas do domicílio fechadas.

Um caso parecido comoveu a África do Sul na semana passada, ao ser revelado que um homem da cidade mineira de Springs -no leste da área metropolitana de Johanesburgo- manteve presos durante 16 anos sua mulher e seus cinco filhos.

O homem, que supostamente torturava e abusava sexualmente de sua família, deve comparecer nesta quarta-feira pela segunda vez perante o magistrado que o julgará, depois que a audiência da semana passada foi adiada. EFE

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