Sul-coreano que esfaqueou embaixador dos EUA em Seul pega 12 anos de prisão

  • Por Agencia EFE
  • 11/09/2015 02h40
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Seul, 11 set (EFE).- Um tribunal da Coreia do Sul condenou nesta sexta-feira a 12 anos de prisão Kim Ki-jong, o ativista que em março atacou com uma faca o embaixador dos Estados Unidos em Seul, por considerar que o réu tentou matar o diplomata de forma premeditada.

“Kim tinha firme convicção de atacar a vítima, por isso decidiu usar uma faca para atingi-lo repetidamente em uma parte do corpo com uma conexão direta com a vida”, expressou em seu veredicto o juiz do Tribunal Central de Seul.

O magistrado declarou o agressor, de 55 anos de idade, culpado de tentativa de assassinato, violência contra enviado estrangeiro e obstrução de atividade empresarial.

O crime aconteceu no dia 5 de março, quando Kim Ki-jong atingiu o rosto do embaixador Mark Lippert com uma faca de cozinha de 25 centímetros durante um evento em pleno centro de Seul, causando ferimentos profundos no diplomata.

Lippert, de 42 anos, recebeu mais de 80 pontos de sutura após o ataque, mas não teve problemas para se recuperar e retornou ao trabalho poucas semanas depois.

Os promotores também tinham acusado Kim de violar a Lei de Segurança Nacional que proíbe o apoio ao regime comunista da Coreia do Norte, mas o juiz o absolveu dessa acusação.

O magistrado reconheceu que “alguns dos argumentos do réu coincidem com os da Coreia do Norte”, como a oposição aos exercícios militares conjuntos de Seul e Washington, mas também são “ideias frequentes entre alguns círculos acadêmicos e civis” sul-coreanos, segundo a sentença.

Após conhecer a decisão judicial, os promotores sul-coreanos anunciaram que apresentarão uma apelação por considerarem que o condenado violou sim a Lei de Segurança Nacional.

Em audiências anteriores do julgamento, o agressor reconheceu que atacou Lippert com o objetivo de deter as manobras militares, mas garantiu que não tem qualquer conexão com a Coreia do Norte.

Além disso, o condenado declarou que sente orgulho de sua ação, mas que não tinha intenção de matar o embaixador. EFE

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