Sumiço de Madeleine faz 10 anos: veja outros casos que seguem sem solução

Reprodução Pais de Madeleine McCann buscam pela filha desaparecida há 12 anos

Nesta quarta-feira (3), o caso Madeleine McCann completou dez anos. Nesse período, já foram gastos 10 milhões de libras, o equivalente a US$ 40 milhões, em investigações. Isso sem contar as “saias-justas” que o caso provocou entre ingleses e portugueses, principalmente porque envolve uma família abastada da região de Rothley, em Leicester.

Os pais Gerry e Kate chegaram a ser interrogados como suspeitos de um possível assassinato da própria filha, mas as autoridades portuguesas arquivaram o caso em 2008, sob a alegação de falta de provas.

Assim como este, diversos crimes seguem sem solução mundo afora. A Jovem Pan separou cinco outros casos misteriosos, que envolvem assassinatos, sequestros e sumiços. Confira:

Mc Daleste

Em julho de 2013, o funkeiro Pedro Daniel Pedreira Pelegrine, o Mc Daleste, de apenas 20 anos, foi morto com um tiro na barriga durante um show, na Vila San Martin, em Campinas. O assassinato de “Daleste” traz diversas desconfianças e mais 100 denúncias foram registradas pela polícia. Em 2016, foi arquivado pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP) por “faltas de provas”. Mas o vazamento de um áudio fez com que as investigações fossem reabertas. As suspeitas são de que o cantor foi morto por um traficante, motivado por ciúmes, em função de um caso que Daleste mantinha com sua atual mulher, na época garota de programa.

Priscila Belfort

O desaparecimento de Priscila Belfort, em 9 de janeiro de 2004, ainda é cercado de muitas especulações. A irmã do lutador Vitor Belfort tinha 29 anos quando sumiu no Centro do Rio de Janeiro. Muitas versões foram alimentadas, inclusive, de que ela teria sido vítima de uma dívida de R$ 9 mil do namorado com traficantes. Em 2014, uma mulher, Elaine da Silva, chegou a assumir a autoria do crime e detalhou à polícia que a jovem permaneceu em cárcere privado por um mês até ser executada. No entanto, a Polícia Civil do Rio de Janeiro descartou a possibilidade diante das incoerências nas declarações e por falta de provas concretas. O caso segue sem solução.

Massacre de Iguala

O sumiço de 43 estudantes normalistas no México, em 2014, tem causado intriga, principalmente porque envolve autoridades de Iguala, no estado de Guerrero. A principal versão é de que os jovens da escola de magistério de Ayotzinapa, seguiam em um ônibus em direção à Cidade do México, e teriam sido vítimas de narcotraficantes. Mas algumas evidências apontam para uma execução em massa comandada pela Polícia local, formada por polícias corruptos, junto com a Polícia Federal, enquanto os corpos teriam sido incinerados no lixão de Cocula. No entanto, outra hipótese é de que os jovens foram sequestrados e obrigados a trabalhar em plantações de drogas na Serra do Filo. Até o momento 111 pessoas foram presas e nada foi provado. Os pais seguem na busca pelos filhos e em todo dia 20 de setembro, data do sumiço, os mexicanos realizam manifestações para relembrar o caso.

Menino do Acre

Em 27 de março deste ano, Bruno Borges, 25 anos, conhecido como “Menino do Acre”, simplesmente despareceu. Bruno nunca mais foi visto e em seu quarto foram encontrados 14 livros escritos em códigos, manuscritos nas paredes e uma estátua do filósofo Giordano Bruno. Diversas teorias da conspiração foram levantadas, inclusive a de que Bruno, que era amante de ufologia, possa ter sido abduzido por ETs. A Polícia Civil do Acre segue o trabalho de buscas e acredita em sumiço voluntário do jovem.