Surgimento de mais um grupo de terrorista mostra que forma de combatê-los é falha, segundo professora da USP
Um grupo chamado Khorasan, com atuação na Síria, e liderado por um dos homens de confiança de Osama Bin Laden, representa hoje uma ameaça ainda maior que o Estado Islâmico para os Estados Unidos e para a Europa. De acordo com a professora de Relacionais Internacionais da USP, Cristina Pecequilo, o surgimento de mais um grupo terrorista mostra que a forma de combatê-los é falha.
“Por enquanto a gente só tem informações norte-americanas de que ele seria um risco até maior do que o Estado Islâmico. Mas uma coisa é certa: o surgimento do Khorasan e do Estado Islâmico, eles representam o cenário de segurança hoje. Um cenário fragmentado e que a cada dia (…) a gente vê surgir uma ameaça que parece ser pior do que a outra. Então, isso nos indica também que os métodos que vem sendo utilizados pra combater esses fundamentalistas ainda está incorreto. Porque a cada dia que você se livra de um, aparece outro”, disse a professora.
O grupo é descrito como uma célula formada por combatentes veteranos da Al-Qaeda, que atuavam não só no Afeganistão e no Paquistão, mas também na África e no Oriente Médio, com o objetivo de organizar ataques com explosivos.
Segundo Pecequilo, independentemente dos objetivos dos dois grupos terroristas, é necessário manter um alerta. “São táticas diferentes. Eu acho que a gente tem hoje diversos grupos, o Khorasan tem um objetivo, o Estado Islâmico tem outro, mas o que chama a atenção é que as potências ocidentais, principalmente os Estados Unidos e a Europa ocidental, tem que manter um sistema de alerta e monitoramento desses grupos e de possíveis ataques sempre em estado máximo. Então, você não pode nunca baixar a guarda porque esses grupos eles são até infiltrados”, alertou.
Confira no áudio acima a entrevista completa da professora Cristina Pecequilo.
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