Suspeito de ataque em Charleston é acusado de 9 assassinatos, diz polícia

  • Por EFE
  • 19/06/2015 12h35
A suspect which police are searching for in connection with the shooting of several people at a church in Charleston, South Carolina is seen in a still image from CCTV footage released by the Charleston Police Department June 18, 2015. A white gunman was still at large after killing nine people during a prayer service at an historic African-American church in Charleston, South Carolina, the city's police chief said on Thursday, describing the attack as a hate crime. REUTERS/Charleston Police Department/Handout via Reuters ATTENTION EDITORS - THIS PICTURE WAS PROVIDED BY A THIRD PARTY. REUTERS IS UNABLE TO INDEPENDENTLY VERIFY THE AUTHENTICITY, CONTENT, LOCATION OR DATE OF THIS IMAGE. THIS PICTURE IS DISTRIBUTED EXACTLY AS RECEIVED BY REUTERS, AS A SERVICE TO CLIENTS. EDITORIAL USE ONLY. NOT FOR SALE FOR MARKETING OR ADVERTISING CAMPAIGNS REUTERS/Charleston Police Department Suspeito de tiroteio em igreja americana é gravado por câmeras de segurança

O jovem branco detido após o massacre em uma igreja de uma comunidade negra de Charleston, na Carolina do Sul, que deixou nove mortos na quarta-feira (17), foi indiciado hoje por nove crimes de assassinato, informou a polícia.

Dylann Roof, de 21 anos e detido horas depois do ataque, também foi acusado do crime de posse de arma. Ele deve comparecer hoje diante do juiz e já confessou que atirou contra um grupo de pessoas que participava de uma leitura bíblica na Igreja Africana Metodista Episcopal (AME) de Charleston.

Ao todo, seis mulheres e três homens, entre eles o pastor da igreja e senador democrata estadual Clementa Pinckney, morreram no tiroteio e, segundo o relato de um dos sobreviventes, Roof justificou a ação dizendo que os negros estão se “apoderando” dos Estados Unidos.

Fontes ligadas à investigação disseram à rede “NBC” que Roof explicou à polícia que esteve “a ponto” de não disparar porque os fiéis, com que esteve rezando por uma hora antes do ataque, foram “muito amáveis” com ele. No entanto, decidiu que tinha que “continuar com sua missão”.

Amigos de Roof contaram à imprensa que o jovem falava em começar uma “guerra racial” e de segregação dos negros, mas ninguém pensou que pudesse cometer um massacre. Em uma de suas fotos do Facebook, ele está vestido com uma jaqueta que tem uma bandeira do sistema de segregação racial sul-africano do apartheid e outra da Rodésia, antiga colônia britânica que foi governada pela minoria branca até se tornar o atual Zimbábue, em 1980.

O chefe da polícia de Charleston, Greg Mullen, disse estar certo de que foi um “crime de ódio” e o Departamento de Justiça abriu uma investigação para determinar se, efetivamente, a massacre teve motivações raciais.

A governadora da Carolina do Sul, a republicana Nikki Haley, também sustentou hoje que, “sem dúvida”, foi um “crime de ódio”.

“Queremos à pena de morte (para Roof). Este é o pior ódio que vi e o país viu em muito tempo”, ressaltou Haley em entrevista à rede “NBC”.

A Carolina do Sul é um dos estados americanos que permite a pena de morte e a última execução aconteceu em 2011.

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