Suspeito de atentados em Copenhague tinha de 22 anos e nasceu na Dinamarca

  • Por Agencia EFE
  • 15/02/2015 16h51

Copenhague, 15 fev (EFE).- O suspeito dos dois atentados ocorridos nas últimas 24 horas em Copenhague, nos quais morreram duas pessoas, era um homem de 22 anos nascido na própria Dinamarca, informaram neste domingo as autoridades locais.

O homem, morto na madrugada de hoje após uma perseguição policial de várias horas, não teve o nome divulgado. Mas era conhecido “por suas atividades criminosas relacionadas com violações das leis de armas e atos violentos”, além frequentar o mesmo ambiente de grupos de delinquentes da capital dinamarquesa.

A polícia já tinha admitido que conhecia a identidade do homem, mas destacou que ele estava sob o radar dos serviços de inteligência há muitos anos. Ele também não teria viajado para países em conflito como o Iraque e a Síria.

O jovem de 22 anos é suspeito de disparar contra um centro cultural onde se realizava um debate sobre a liberdade de expressão, evento que contou com a presença do cartunista sueco Lars Vilks, ameaçado por grupos islamitas por retratar Maomé. Um dinamarquês morreu e três ficaram feridos no ataque.

Depois, ele teria fugido em um carro abandonado a três quilômetros do centro cultural e, então, pegou um táxi rumo ao complexo de Mjolnerparken, no bairro de Norrebro, onde vivem muitos imigrantes.

Os agentes encontraram roupas e uma arma automática na região, objetos que acreditam terem sido usados no primeiro atentado. Mas ainda faltam provas periciais para confirmar a suspeita, afirmou a polícia de Copenhague em comunicado.

Após ficar em Norrebro por cerca de 20 minutos, abandonou o local e reapareceu oito horas depois em uma sinagoga, no centro da cidade, onde matou um jovem judeu e feriu dos agentes de segurança.

Ele foi reconhecido por volta das 5h locais (2h em Brasília) perto da estação de Norrebro porque a roupa que usava coincidia com a descrição do atirador da sinagoga. E foi morto após responder com tiros à ordem de prisão dos policiais.

“A polícia de Copenhague continua em estreita parceria com o PET (serviços de inteligência) para investigar os fatos. A investigação será conduzida para esclarecer os movimentos antes, durante e depois dos atentados, assim como para saber se ele recebeu ajuda de outros”, apontou o órgão em comunicado.

As autoridades dinamarquesas não deram detalhas das várias operações que estão sendo realizadas em vários pontos da capital.

Segundo a emissora de televisão “DR”, várias pessoas foram presas em uma ação em um cibercafé de Norrebro.

Já o jornal “Ekstra Bladet” afirma que foram pelo menos quatro presos, em uma operação que envolveu entre 15 e 20 agentes. EFE

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