Suspeito de ter iniciado incêndio em reintegração é preso com combustível
Ainda havia focos de chamas por volta das 9h em moradias do terreno que passa por reintegração de posse realizada na manhã desta segunda-feira (31) no Parque Bristol, zona sul de São Paulo.
Um homem foi preso em flagrante carregando gasolina, suspeito de ter iniciado o incêndio. Moacir Benedito de Melo, ex-morador do local, já tinha passagem pela polícia por furto.
A Polícia Militar cerca o terreno com 150 policiais e 35 viaturas atuando na reintegração. A proprietária da área disponibilizou 40 caminhões de mudança com motoristas e um galpão para auxiliar no transporte dos pertences dos moradores.
A área é particular e estava ocupada há dois anos. Cerca de 500 pessoas ocupavam o terreno, de acordo com a PM. A corporação diz ainda que a maioria deles, 400, já deixou o local ao longo do fim de semana, tendo apenas 100 pessoas no presentes nesta manhã.
A fumaça proveniente das chamas pode ser vista desde desde às 6h30, mas por volta das 8h ela já havia se tornado mais branca devido à atuação dos bombeiros.
Foto: Tiago Muniz/ Jovem Pan
Entulho e lixo, também incendiados, foram usados como barricada na entrada da comunidade. Apesar do clima de tensão, não foi registrado confronto entre ex-moradores e a polícia.
No local, 70% das construções são de alvenaria. Alguns dos barracos de madeira pegaram fogo durante a reintegração, segundo os moradores.
O local atingido pelas chamas fica bem perto de um conjunto habitacional do Cingapura. Segundo os bombeiros não houve a necessidade de evacuação dos que lá habitam. As ruas que circundam o terreno no Parque Bristol são R. Pascoal Borges, R. Mal Vieira Peixoto, R. Prof. Artur Primavesi e R. Estevam Pedroso, próximo ao zoológico de São Paulo.
O morador Alexandro Silva, promotor de vendas, de 36 anos, diz que resolveu ir embora da comunidade durante a madrugada, assim que viu o fogo das barricadas. “Estou na casa da minha sogra temporariamente, mas não sei para onde ir. Os outros [moradores] já estão procurando um terreno para ocupar. Tem gente lá que não tem nem mesmo para onde ir”, disse.
O pedido de reintegração foi feito pela construtora Atua Projetos Imobiliários. A decisão partiu da 3ª Vara Cível do Foro Regional 3, em Jabaquara.
Informações do repórter Jovem Pan Tiago Muniz
Com acréscimos da Agência Brasil
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