Suspeito do assassinato de Jo Cox tinha ligação com extrema direita, diz grupo
Um grupo norte-americano de direitos civis afirmou que o homem suspeito de ter matado a deputada trabalhista Jo Cox teria laços com um grupo de extrema direita dos Estados Unidos.
O Southern Poverty Law Center afirma ter registros mostrando que Thomas Mair era uma apoiador da Aliança Nacional, um grupo que prega supremacia branca. O extremista teria comprado um manual do grupo, em 1999, que incluía instruções sobre como construir um pistola.
Em seu site na internet, o grupo publicou cópias de recibos que mostra um Thomas Mair de West Yorkshire, condado onde Cox e o suspeito viviam, comprou publicações como “química da pólvora e explosivos” e “manual de munição improvisada”. O endereço dos recibos também é o que foi isolado pela polícia.
A Aliança Nacional é um grupo fundado por William Pierce, cujo livro, “The Turner Diares”, é considerado um plano macabro para uma guerra racial. Em 1995, Timothy McVeigh baseou seu ideal para construir o caminhão bomba que explodiu em um prédio público na cidade de Oklahoma, com base nos escritos do livro. O atentado matou 168 pessoas.
Um Thomas Mair que mora em Batley também aparece como ex-assinante de uma publicação pró-apartheid chamada SA Patriotic. Em 2006, a newsletter online do grupo de extrema-direita Springbok Club denunciou que Mair era “um dos primeiros assinantes e apoiadores da SA Patriot.”
O homem, de 52 anos, foi preso, na passada quinta-feiram(16), sob suspeita de matar a parlamentar, que foi alvejada e esfaqueada em frente a uma biblioteca. O irmão do suspeito, Scott Mair, disse a repórteres que ele tinha um histórico de doença mental, mas não era violento.
Testemunhas do ataque dizem que a política foi atacada por um homem que utilizava uma arma fabricada em casa ou de aparência antiga. Clarke Rothwell, dono de um café perto do local onde ocorreu a violência, relatou que o atirador gritou algo como “Bretanha primeiro”.
Bretanha Primeiro é o nome de outro grupo de extrema-direita que já declarou não ter ligação com o crime.
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