Suspensão do envio de médicos cubanos não prejudica Mais Médicos, diz ministro

  • Por Agência Brasil
  • 17/04/2017 13h23
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Karina Zambrana/Fotos Públicas Mais Médicos Programa Mais Médicos foi lançado em 8 de julho de 2013 pelo governo de Dilma Rousseff

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse nesta segunda-feira (17) que a suspensão do envio de profissionais cubanos ao Brasil para trabalhar no Mais Médicos não prejudica o programa. Na última quinta-feira (13), Cuba anunciou que suspendeu o envio de 710 profissionais previstos para chegar ao país este mês.

“Na nossa renovação de contrato com Cuba, já havia a previsão de reduzir de 11,4 mil para 7,4 mil médicos cubanos em três anos. Nós substituiremos esses por médicos brasileiros que estão no cadastro anterior – mais de 7 mil médicos que se inscreveram além das vagas que nós necessitávamos e 2 mil médicos brasileiros formados no exterior que também aguardam oportunidade. Utilizaremos essa lista para completar essas vagas e aguardaremos que Cuba anuncie a retomada do convênio”, explicou.

Questionado se o convênio com Cuba estaria sob risco, o ministro disse não acreditar na possibilidade de rompimento definitivo do acordo com o país.

“O convênio com Cuba será mantido. Está assinado e valendo por três anos. Há um incômodo do governo cubano com sentenças judiciais determinando a permanência de cubanos no Brasil e o pagamento diretamente aos cubanos e isso desestrutura o convênio como ele está formado. Mas o Judiciário tem a sua autonomia e, do ponto de vista do Executivo, da Organização Pan-Americana de Saúde e do governo de Cuba, as nossas condições do convênio serão mantidas”, disse.

Ainda segundo Barros, a previsão inicial é que o Brasil recebesse entre 3 mil e 4 mil profissionais cubanos apenas este ano – inclusive para a reposição das vagas de médicos que completam os três anos de permanência e deixam automaticamente o programa.

“Agora, com essa posição de Cuba, vamos rever [esse número]. Pretendemos sempre dar prioridade a médicos brasileiros. Temos feito chamadas para brasileiros na reposição de vagas, depois chamamos os cubanos. É nosso interesse ampliar o espaço para médicos brasileiros e consolidar aquela redução de 4 mil médicos cubanos nesses três anos de convênio”, destacou.

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