Como os millennials e o mercado financeiro impulsionaram a agenda “ESG”
A geração Y assumiu a gestão de grandes empresas e incorporou com mais relevância o selo verde no mundo dos negócios
Em 2024, a sigla ESG, que reúne as políticas de meio-ambiente, responsabilidade social e governança, completa 20 anos de existência. Sim, esse conceito tão discutido ultimamente, foi criado há quase duas décadas e só há pouco tempo entrou sistematicamente nas agendas de decisões governamentais, corporativas e, felizmente, nas escolas e também vai se fortalecendo dentro das nossas casas. Se antes as empresas lidavam só judicialmente com os impactos ambientais das suas atividades, hoje elas precisam construir uma reputação para suas ações se tornarem atrativas ao mercado financeiro, a um consumidor cada vez mais atento e crítico na hora de adquirir produtos e serviços e até para bons funcionários que estão analisando as vagas alinhadas aos valores de preservação da natureza e engajamento cidadão. O lema é colocar todos unidos (sociedade, corporações e indivíduos) num único objetivo: criar um futuro mais sustentável e igualitário. Os “baby boomers” começam a sair do mercado e o bastão tem sido passado aos Millennials. Mais de 80% dessa geração direciona sua preferência de consumo em empresas comprometidas com a sustentabilidade.
Contudo, não se limita a eles a responsabilidade de revolucionar os métodos de produção, incorporando um respeito tanto pelo ambiente quanto pelas pessoas. O mercado financeiro também já tem demonstrado que apoia, com dinheiro e confiança, empresas que seguem práticas propostas pelos pilares ESG. Larry Block, CEO de uma das maiores gestoras de ativos do mundo, sempre exaltou a aliança benéfica entre o capitalismo e respeito à igualdade social e meio ambiente. Para ele, quanto mais uma companhia colocar propósito na relação com os funcionários, clientes e comunidade, mais retornos duradouros entregará aos acionistas. Um novo conceito empresarial já surgiu. Já passou da hora de os empresários colocarem em prática, não só como marketing, mas com meta a cumprir. Até porque a jornada é longa para implementar novos processos e culturas de gestão e de consumo. Os millennials representam 34% da população mundial e já estão transformando o mercado com essa exigência. Imagine quais tendências serão lançadas pelas gerações Z e Alpha, que já aprendem na escola a interagir com meio respeitando os recursos naturais e a sociedade?
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