Crise Indígena: garimpeiros invadem terras na Amazônia
A ocupação tem causado graves perdas e uma emergência humanitária entre os yanomamis
A invasão de garimpeiros em terras indígenas na Amazônia se tornou uma questão alarmante. Entre junho de 2023 e janeiro de 2024, uma investigação da Folha revelou que quatro terras indígenas no Brasil foram cercadas por invasores, resultando em sérias perdas para as comunidades locais, afetando suas plantações, alimentação, saúde e dignidade. Os yanomamis estão enfrentando uma grave emergência humanitária, com um grande aumento de casos de malária e mortes relacionadas à desnutrição e diarreia. Desde o início de 2023, uma operação de emergência em saúde pública foi implementada na região. A presença do garimpo tem se intensificado na ausência de forças militares, e o governo de Lula anunciou a instalação de bases para combater essa atividade, o que resultou em uma diminuição da área explorada. Mas não houve uma ação efetiva para expulsar os invasores durante os dois anos de sua administração.
Na Terra Indígena Mundurucu, onde crianças estariam apresentando doenças neurológicas, possivelmente associadas ao uso de mercúrio, e na Terra Indígena Sarare, que enfrenta uma intensa movimentação de ouro. O governo brasileiro está se preparando para lançar uma operação de expulsão de garimpeiros na Terra Mundurucu, que abriga mais de 9.000 indígenas. No entanto, não há planos definidos para ações semelhantes na Terra Sarare, onde cerca de 250 nambikwaras estão cercados por aproximadamente 2.000 garimpeiros. A situação continua a exigir atenção e ação imediata das autoridades para proteger os direitos e a saúde das comunidades indígenas afetadas.
publicado por Patrícia Costa
*Reportagem produzida com auxílio de IA
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