Refugiados do clima podem chegar a 1 bilhão de pessoas

Seis estados brasileiros estão na lista dos locais com maior propensão a desastres ambientais

  • Por Patrícia Costa
  • 03/06/2024 15h12 - Atualizado em 03/06/2024 15h33
Mauricio Tonetto / Palácio Piratini ciclone Rio Grande do Sul Muçum, no Rio Grande do Sul, foi inundada três vezes em menos de um ano
arte Jovem Pan News

Em destaque as cidades brasileiras que podem ter o maior número de refugiados do clima

Eventos climáticos extremos estão obrigando as pessoas a se mudarem para outras cidades e países, são os migrantes do clima.  O termo foi criado pela Organização das Nações Unidas (Onu) para quem precisa se deslocar após ser atingido por secas severas, inundações, incêndios florestais, entre outros. Esse movimento ameaça direitos humanos e aumentam a pobreza. As enchentes são o tipo de  desastre mais comum e se a temperatura continuar subindo, o mar também pode invadir cidades e contribuir para os elevar o número de refugiados do clima.

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No Rio Grande do Sul, a cidade de Muçum, por exemplo, enfrentou a terceira enchente em menos de um ano: setembro e novembro de 2023 e a última em abril de 2024, que atingiu boa parte do estado gaúcho. Os deslizamentos em cadeia destruíram 80% da zona urbana e deixaram os moradores isolados após a queda de pontes e bloqueio de rodovias, o que pode incentivar as pessoas a se mudarem do município

 

Atualmente no Brasil, os refugiados do clima já chegam a meio milhão de pessoas. Em todo o mundo, esse número bateu recorde e já passou dos 32 milhões e até 2030 a previsão é de que aumente ainda mais e pode atingir um bilhão de pessoas. As cidades brasileiras com mais riscos de serem atingidas por eventos climáticos extremos são Salvador, Recife, Fortaleza, São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre, que já tinha sido incluída , antes do último desastre ambiental. 

 

A criação de políticas sustentáveis para evitar o aquecimento do planeta e também ações de adaptação às mudanças climáticas, são imprescindíveis para diminuir esse impacto. Os consumidores também têm sua parcela de responsabilidade, com a falta de educação ambiental, e ainda precisam ainda ter uma atitude mais consciente e, por meio da decisão de compra, forçar as empresas poluidoras a mudar sua produção para práticas mais sustentáveis. O voto consciente em políticos que defendem a pauta verde é outro fator apontando como o principal entrave para mudar o padrão existente hoje, que visa o lucro imediato sem pensar nas consequências a longo prazo. 

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