Talibãs não se pronunciam sobre suposta morte do mulá Omar

Cabul, 29 jul (EFE).- Os talibãs fazem silêncio sobre a suposta morte do líder, o mulá Omar, depois que as autoridades paquistanesas informaram ao governo afegão que o mesmo morreu há “dois ou três anos”, segundo revelou nesta quarta-feira à Agência Efe uma fonte de segurança afegã.

Os telefones dos porta-vozes do grupo insurgente permaneceram desligados desde que nesta manhã a notícia foi revelada.

Em um e-mail enviado à Agência Efe, o porta-voz talibã Zabihullah Mujahid informou sobre a captura insurgente de um distrito na sulina província de Helmand, sem fazer referência ao suposto falecimento do mulá Omar.

Não é a primeira vez que o líder talibã é dado por morto. Porém, ele não é visto em público desde a invasão americana em 2001, mas em outras ocasiões os insurgentes desmentiram as informações rapidamente.

O grupo insurgente Fidai Mahaz publicou na quinta-feira passada em seu site um comunicado no qual o líder da formação, Qari Hamza, assegurava que o mulá Omar foi “martirizado” há dois anos.

Pouco depois, Mujahid negou a morte de teu líder.

“Estes são os rumores frequentadores dos invasores e suas marionetes, que tentam dessa forma localizar e rastrear a nosso líder, mas somos muito conscientes dessa conspiração do inimigo e não faremos nada incomum para ajudá-los”, garantiu então o porta-voz.

Por sua vez, o gabinete do presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani, manifestou hoje que não podem “confirmar e nem desmentir” as informações sobre a morte do mulá.

Representantes de ambas as partes mantiveram em 7 e 8 de julho no Paquistão sua primeira reunião oficial, após encontros informais no Catar e Noruega nos meses anteriores. EFE