Taxa de retorno para novos leilões de aeroportos pode elevar tarifa de embarque
As taxas de embarque nos quatro aeroportos a serem concedidos à iniciativa privada este ano poderão subir. O Ministério da Fazenda reajustou, de 6,63% para 8,5% ao ano, o custo médio ponderado de capital, indicador usado para calcular a Taxa Interna de Retorno (TIR) para os próximos leilões.
Normalmente com valor próximo ao custo médio ponderado de capital, a TIR representa a taxa que compensa o risco de o investidor deixar de aplicar em títulos do Tesouro norte-americano, considerado o investimento mais seguro do mundo, para investir em outros empreendimentos.
Quanto mais alta a TIR, maior a probabilidade de atrair concorrentes para os leilões.
Para atualizar o custo médio ponderado de capital, o Ministério da Fazenda usou um método aplicado desde 2007. Ao todo, quatro parâmetros foram usados: a remuneração média dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos nos últimos 20 anos, a média do prêmio de risco de mercado (indicador que mede ambiente de negócios e legislação), a média do risco Brasil (diferença entre os juros dos títulos brasileiros no exterior e os juros dos papéis norte-americanos) e a inflação média dos Estados Unidos, também nos últimos 20 anos.
De acordo com o Programa de Investimentos em Logística (PIL), o governo pretende leiloar os aeroportos de Florianópolis, Fortaleza, Porto Alegre e Salvador no primeiro trimestre de 2016. Os leilões seguirão o modelo de outorga, em que vence o concorrente que apresentar a maior oferta.
A equipe econômica estima que a concessão resulte em investimentos de R$ 8,5 bilhões na modernização dos quatro terminais de embarque.
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