Instagram passa a restringir imagens de autoflagelação e que fazem referências ao suicídio
O Instagram anunciou que vai passar a ter mecanismos para restringir imagens que estimulem autoflagelação e suicídio. Imagens de pessoas se machucando como atos de cortas partes do corpo, vão ser proibidas na rede social. As medias são uma reação à morte de uma adolescente de 14 anos no Reino Unido, ocorrida em janeiro passado.
A garota se suicidou e o caso gerou questionamentos sobre a atuação do Instagram, já que ela publicava conteúdos revelando formas de autoflagelação e referências à própria morte. O pai da jovem responsabilizou diretamente a plataforma, em entrevista a jornais locais. Na rede social, 60 milhões de fotos são publicadas por dia.
Além disso, outros conteúdos relacionados às práticas, inclusive textos, não serão disponibilizadas nas buscas. Essas mensagens, contudo, não serão removidas das redes sociais. O Instagram justificou que a publicação pode funcionar como um papel de expressão em pessoas que estejam convivendo com sofrimento e sentimentos de suicídio.
Especialistas
Segundo o Facebook, empresa controladora do Instagram, as mudanças foram formuladas a partir do diálogo com especialistas no tema em diferentes países. Eles teriam indicado o efeito negativo da circulação de imagens de práticas de autoflagelação.
Elas “podem ter um potencial de promover não intencionalmente a autoflagelação, mesmo quando são compartilhadas no contexto da admissão da prática ou no caminho para uma recuperação”, explicou o diretor global de Segurança do Facebook, Antigone Davis.
Davis acrescentou que a equipe ainda avalia como tratar imagens de cicatrizes. Segundo ele, especialistas consultados indicaram ainda polêmicas nos estudos acadêmicos sobre os efeitos desse tipo de imagem em pessoas suscetíveis a cometer algum ato relacionado.
*Com informações da Agência Brasil
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