YouTube nega que hackers inseriram ‘Desafio Momo’ em vídeos infantis
Uma reportagem da revista “Crescer” nesta segunda-feira (18) alertou os pais para um novo perigo na web: o “desafio Momo”.
De acordo com a publicação, durante exibição de vídeos no YouTube Kids, plataforma exclusiva de conteúdo infantil, imagens do personagem Momo apareciam com instruções bem explícitas para as crianças sobre como suicidar-se.
A reportagem ainda traz uma entrevista com a mãe de uma suposta vítima dessa ação. “Pedimos que, se acontecesse novamente, era para ela pausar o vídeo e nos chamar. Como essas imagens aparecem de maneira aleatória, essa seria a forma de denunciarmos o vídeo”, disse Juliana Tedeschi Hodar, de 41 anos, à revista.
Antes mesmo da publicação e repercussão da reportagem, a plataforma infantil já havia se manifestado, informando não foi encontrado “nenhum vídeo que promova um desafio Momo no YouTube Kids”. Veja abaixo o tweet, publicado em 15 de março:
Sobre o desafio Momo: não encontramos nenhum vídeo que promova um desafio Momo no #YouTubeKids. Qualquer conteúdo que promova atos nocivos ou perigos é proibido no YouTube. Se encontrar algo parecido, denuncie.
— YouTube Brasil (@YouTubeBrasil) March 15, 2019
À “Crescer”, o YouTube se posicionou novamente, reiterando que nenhum conteúdo relacionado ao “desafio Momo” foi encontrado dentro de vídeos infantis, descartando a possibilidade de invasão hacker.
“Para que um hacker ou qualquer pessoa mal intencionada possa fazer uma alteração grave dessas nos vídeos já existentes, seria necessário que ela retirasse o vídeo do ar e fizesse novamente o upload no aplicativo. Mas ainda assim ele seria barrado”, disse Cauã Taborda, gerente de comunicação do YouTube na América Latina.
Taborda também reforça a importância de que os pais estejam ao lado dos filhos durante o tempo em que passam online. “Mesmo que o conteúdo seja adequado e, portanto, liberado, se o pai julgar que não gosta de determinada animação, por exemplo, ele pode bloquear o vídeo ou até mesmo o canal em questão, atuando, assim, como um curador do conteúdo também”, declarou.
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