Temer critica ocupações, diz que MP do Ensino Médio gerou discussão e admite enviar PL

  • Por Estadão Conteúdo com Jovem Pan
  • 08/11/2016 12h35
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Brasília - O presidente Michel Temer abre o seminário Infraestrutura e Desenvolvimento do Brasil, no auditório da Confederação Nacional da Indústria (CNI) (José Cruz/Agência Brasil) José Cruz/Agência Brasil Presidente Michel Temer participa de seminário - ABR

O presidente da República, Michel Temer, defendeu nesta terça-feira, 8, a necessidade da Medida Provisória (MP) da reforma do ensino médio e disse que ela produziu o efeito de gerar o debate sobre o sistema educacional. Apesar disso, Temer fez uma crítica às ocupações nas escolas ao dizer que hoje “usa-se o argumento físico e não verbal”. “Se ocupa (sic) a escola, a estrada”, disse em discurso durante evento na Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília.

A MP 740 (leia a medida provisória completa aqui) está em discussão em comissão mista, criada em 19 de outubro, composta por 12 senadores e 12 deputados. A medida visa a aumentar a carga obrigatória de horas que o aluno passa no ensino médio, progressivamente, até chegar às 1.400 horas. Ela tira a obrigatoriedade do ensino de arte, educação física e outras disciplinas.

Temer afirmou que a MP do ensino médio já estava parada havia muito tempo e que precisava ser colocada para frente. O presidente ponderou que não é necessariamente a favor do texto e admitiu que pode enviar ao Congresso um Projeto de Lei sobre o tema.

“Não que seu seja a favor da MP, mas ela vai instalar uma discussão no País com vista no Ensino Médio”, disse. “As pessoas debatem sem ler o texto”, disse o presidente. “Se for necessário votar projeto de lei, nós votaremos. Não há problema nisso”, completou.

Temer comentou ainda que “não é possível” que as crianças não saibam multiplicar, não saibam falar o português. “A MP produziu ou não produziu efeito? Produziu. Estão discutindo. Estão até levando a efeito físico”, reforçou.

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