Temer precisa viabilizar políticas amargas, diz economista

  • Por Jovem Pan
  • 14/05/2016 12h57
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Brasília - Ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles assume o Ministério da Fazenda (Valter Campanato/Agência Brasill) Valter Campanato/Agência Brasil Henrique Meirelles ao lado de Michel Temer na cerimônia de posse da nova equipe de governo

“Você tem um paciente cometido por várias doenças e você tem uma hemorragia, está sangrando”. Pode parecer notícia de página policial ou de saúde, mas é a metáfora que um especialista faz da economia brasileira e dos desafios que o presidente interino Michel Temer terá de enfrentar na condução da política econômica.

Cláudio Adilson Gonçalves, economista, ex-secretário de política econômica do ministério da Fazenda e diretor da MCM Consultores, avalia que “a primeira hemorragia é estancar as contas públicas”.

Ele elogia os primeiros anúncios da equipe ministerial de Temer, comandada pelo nomvo ministro da Fazenda Henrique Meirelles. “O diagnóstico que está sendo feito”. O mais importante, para Gonçalves, é “deixar claro à sociedade o que ele está recebendo” (do governo anterior na economia). “Não é para atacar o outro governo, é para a sociedade ter ciência”.

Ele entende por que o novo presidente teve de ceder a pressões políticas para formar sua equipe na Esplanada. “Temer montou um ministério de alta densidade política”, diz. “Ele precisa viabilizar políticas amargas”, avalia, em entrevista exclusiva à Jovem Pan no Jornal da Manhã deste sábado (14).

O economista comparou a situação macroeconômica com uma casa e avaliou: “O Brasil precisa ser reconstruído”.

Três anúncios

Gonçalves também vê no discurso de Temer três pontos importantes a serem destacados: o protagonismo do Brasil no comércio internacional, a questão fiscal, “prioridade absoluta”, e a ênfase grande em concessões de privatizações.

“Estou esperançoso, com moderado otimismo”, diz.

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