“Temos que evitar o pânico e o medo”, diz secretário-geral da ONU sobre ebola

  • Por Agencia EFE
  • 12/08/2014 16h02
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Nações Unidas, 12 ago (EFE).- O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, fez um apelo nesta terça-feira para que as pessoas não entrem em pânico diante do surto de ebola na África e ressaltou que a doença pode ser evitada.

“Com recursos, conhecimentos, ações antecipadas e vontade, as pessoas podem sobreviver à doença. O ebola foi controlado com sucesso em outros lugares, e podemos fazê-lo aqui também”, disse Ban em entrevista coletiva.

“Temos que evitar o pânico e o medo. O ebola pode ser prevenido”, frisou.

O sul-coreano disse considerar “essencial” contar com uma adequada resposta internacional e, para isso, anunciou a nomeação do britânico David Nabarro como coordenador das Nações Unidas para o ebola. Ele já liderou as ações da ONU contra a gripe aviária.

“Nabarro será responsável por garantir que o sistema das Nações Unidas contribua de forma efetiva e coordenada com o esforço global para controlar o surto de ebola”, explicou.

Ban afirmou que a decisão foi tomada em conjunto com a Organização Mundial da Saúde, que hoje anunciou que o número de mortos pela doença passou de mil.

Para a ONU, é especialmente urgente dar uma resposta à “severa falta de capacidades” nos países mais afetados pela doença, e por isso pediu à comunidade internacional que envie rapidamente “médicos, enfermeiros e equipamentos, incluindo roupas com proteção e tendas de isolamento”.

“Guiné, Libéria e Serra Leoa recuperaram recentemente a estabilidade política após anos de conflito que destroçou ou inutilizou seus sistemas de saúde”, lembrou Ban.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou hoje que os testes clínicos de duas potenciais vacinas contra o ebola podem começar no final de setembro, e que há outros dois tipos de medicamentos em desenvolvimento. Entre os tratamentos em uso, o mais conhecido é o Zmapp, que foi administrado a dois voluntários americanos infectados na Libéria e que responderam positivamente ao tratamento. EFE

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