Tennessee aprova lei que reintroduz cadeira elétrica

  • Por Agencia EFE
  • 23/05/2014 15h15
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Washington, 23 mai (EFE).- O governador do estado americano do Tennessee, Bill Haslam, assinou ontem uma lei que reintroduz o uso da cadeira elétrica no caso de escassez de injeções letais, informou nesta sexta-feira a imprensa local.

Em pleno debate nacional sobre os métodos aplicados na pena de morte após algumas execuções acidentadas nos últimos meses, o Tennessee se transforma no primeiro estado dos Estados Unidos a dar um passo já debatido em outros, como a Virgínia.

A nova norma obriga os presos do corredor da morte a ser executados na cadeira elétrica se as autoridades penitenciárias do estado não encontram os remédios necessários para a injeção letal. Atualmente, eles estão se esgotando porque os laboratórios fabricantes deixaram de vendê-los.

A escassez dos fármacos empregados na injeção letal remonta a 2011. Naquela época, a empresa americana Hospira, uma das que fabricava o pentotal sódico, compontente-chave para a injeção, parou a produção.

Pouco depois, a Comissão Europeia proibiu a exportação de produtos para ser usados em injeções letais, em uma tentativa por “acabar com a tortura e a pena de morte” no mundo.

Assim, à medida que foram se esgotando as reservas de injeções letais, os estados se viram obrigados a testar injeções letais que não tinham utilizado antes, a recorrer às fórmulas magistrais, um método mais opaco e menos controlado, ou a voltar aos métodos antigos, como agora faz o Tennessee.

O uso da cadeira elétrica já era legal no estado, mas apenas para os condenados a morte antes de 1999. A eles era dada a opção de escolher entre a eletrocussão ou injeção letal.

As duas câmaras do Congresso Estadual aprovaram com amplas maiorias o projeto de lei que acaba de assinar o governador.

A última execução realizada nos Estados Unidos foi a de Clayton Lockett, um réu de Oklahoma. Ele morreu de um ataque do coração após passar 40 minutos sofrendo convulsões ao receber a injeção letal, no final de abril. O fato provocou uma grande polêmica nos Estados Unidos.

Depois dos problemas surgidos na morte de Lockett, o presidente americano, Barack Obama, ordenou ao secretário de Justiça, Eric Holder, uma “análise” da pena. EFE

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