Tentativa de ataque ao parlamento da Tunísia deixa 8 mortos

  • Por Agencia EFE
  • 18/03/2015 10h51

Tunísia, 18 mar (EFE).- Pelo menos oito pessoas, um tunisiano e sete turistas estrangeiros, morreram nesta quarta-feira em uma tentativa de ataque ao parlamento da Tunísia, informou a televisão pública tunisiana.

Segundo explicaram testemunhas à Agência Efe, os atacantes saíram da mesquita que fica no meio caminho entre o edifício da Assembleia e o museu do Bardo e dispararam contra um ônibus de turistas antes de fazer uma série de reféns e se entrincheirar em um local do parlamento que compartilha muro com o museu.

“Há oito pessoas mortas. Um cidadão tunisiano e sete turistas de diferentes nacionalidades que até o momento não foram determinadas “, confirmou o porta-voz do Ministério do Interior, Mohamad Ali Aroui.

Membros das forças de Segurança nas proximidades do Bardo explicaram à Agência Efe que um dos supostos agressores, um jovem estudante de 22 anos, foi detido e que o resto dos atacantes estão rodeados nas dependências que pertencem ao edifício da câmara.

Dezenas de agentes das forças de Segurança se transferiram até a zona e cercaram o bairro, no centro de Tunísia, ao qual neste momento não é possível entrar.

Os fatos ocorreram no começo da manhã, quando três supostos jihadistas vestidos com uniformes militares trataram de atacar o parlamento da Tunísia.

Agentes que faziam a segurança da câmara baixa perceberam que os uniformizados não usavam armas regulamentares e, ao pedir que parassem, começou um tiroteio durante o qual os supostos atacantes conseguiram fugir rumo ao museu, um dos mais importantes da Tunísia, segundo as fontes.

No momento da tentativa do ataque, havia várias comissões parlamentares reunidas, em particular a de Justiça, com o titular do Ministério à frente, informaram fontes parlamentares.

Todos os deputados e outras pessoas que se encontravam no interior do edifício foram evacuados a uma mesma sala, enquanto as Forças de Segurança e o Exército iniciaram o dispositivo de alerta máximo de luta contra o terrorismo.

A Tunísia foi palco nas últimas semanas de um aumento da atividade jihadista na região de Kaserine, na fronteira oeste com a Argélia, zona montanhosa que é utilizada como reduto dos radicais locais e também de outros procedentes do país vizinho e outros estados da zona como Mali, Marrocos e Mauritânia.

Desde 2012, dezenas de guardas nacionais tunisianos morreram ou ficaram feridos em combates ou por causa de atentados e emboscadas islamitas em Mont Chambi, palco em julho do pior ataque islamita sofrido pelas forças tunisianas, que deixou 15 mortos.

Em meados de fevereiro, quatro agentes da Guarda Nacional de Tunísia morreram em um ataque de supostos jihadistas na região de Kaserine, considerada um dos redutos de células radicais islâmicos afins ao grupo Al Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI) e o braço norte-africano do Estado Islâmico (EI). EFE

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