Terceirizados americanos são condenados por massacre de civis em Bagdá

  • Por Agencia EFE
  • 13/04/2015 19h32
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Washington, 13 abr (EFE).- Quatro ex-funcionários terceirizados da empresa de segurança americana Blackwater foram condenados nesta sexta-feira em um tribunal federal dos Estados Unidos a longas penas de prisão por causa de um tiroteio que deixou 14 civis iraquianos mortos em Bagdá em 2007.

Em uma audiência em um tribunal de Washington, o juiz Royce C. Lamberth sentenciou à prisão perpétua Nicholas A. Slatten, um antigo franco-atirador do exército americano acusado de assassinato por efetuar os primeiros disparos mortais no incidente.

Os outros réus, Paul A. Slough, Evan S. Liberty e Dustin L. Heard, foram condenados a 30 anos de prisão cada um, acusados de homicídio.

Os quatro ex-funcionários terceirizados já tinham sido condenados em primeira instância em outubro. Eles foram contratados pelo governo americano para oferecer segurança aos seus trabalhadores no Iraque.

Em setembro de 2007 os quatro dispararam contra civis que estavam na praça durante uma operação para liberar o caminho para a passagem de um comboio do Departamento de Estado, pouco depois da explosão de um carro-bomba nas proximidades.

Como consequência do tiroteio, 14 iraquianos ficaram mortos e outros 18 feridos.

O caso obrigou à revisão da relação do governo americano com a empresa terceirizada, que, diante das críticas recebidas pelo uso excessivo da força e sua vinculação a outros casos de exportação de armas ilegais, mudou de nome pelo menos duas vezes desde então: primeiro Xe, depois Academi.

Entre 2002 e 2012, a Blackwater recebeu milhões de dólares em contratos privados do governo americano para proteger comboios, edifícios, instalações militares e funcionários de países onde as forças armadas dos EUA estão em guerra. EFE

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