Terras para restituição de vítimas do conflito colombiano podem estar minadas
Bogotá, 25 mai (EFE).- O diretor da Unidade de Restituição de Terras do governo da Colômbia, Ricardo Sabogal, afirmou nesta segunda-feira que alguns terrenos destinados à reparação de vítimas do conflito armado estão afetados por minas antipessoais.
“Infelizmente muitas das terras reivindicadas por camponeses têm minas”, disse Sabogal à Agência Efe, acrescentando que estes explosivos são um “vestígio nefasto da guerra”.
O funcionário afirmou que em áreas como Catatumbo, no departamento de Norte de Santander, e no sul de Tolima e de Meta, assim como na cidade de Samaná, no departamento de Caldas, e em outros lugares há presença destes artefatos explosivos.
Por outro lado, Sabogal destacou que o governo está trabalhando em um programa de retirada de minas para evitar que a população que receba terrenos nestes lugares esteja exposta aos explosivos.
“O governo não devolve terrenos com minas e estamos trabalhando com o general (retirado) Óscar Naranjo, (ministro do pós-conflito), disse Sabogal.
O chefe da Unidade de Restituição de Terras qualificou como “muito positivo” o acordo preliminar em matéria de retirada de minas humanitária que aconteceu nos diálogos de paz de Havana entre o governo e a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
No último dia 7 de março as delegações do governo e das Farc concordaram em Cuba em iniciar a retirada das minas, tarefa que começará com um plano piloto nos departamentos de Antioquia e Meta.
O decreto para a regulamentação do acordo onde se estabelecem os protocolos para o desenvolvimento do plano foi assinado na semana passada. EFE
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.