Terremoto da Itália não teria mesmo impacto no Japão ou Chile, diz professor
O terremoto que causou grande estrago na região central da Itália nesta quarta-feira (24) não teria o mesmo impacto se fosse no Japão ou no Chile é o que afirma o professor do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília, George Sand.
“Lá (na Itália) tem um centro importante de sismologia e a pesquisa é muito grande. Mas a preocupação e prevenção é menor do que no Chile, por exemplo. Como na Itália a frequência é menor, acaba gerando uma atenção menor. Depois de um tempo a população, e até mesmo o governo, acaba esquecendo. Por ser um país como a Itália, eles têm uma preocupação, mas acaba sendo bem menor do que no Japão e no Chile”, explicou o professor.
Sand disse também que a profundidade de 4 km que o terremoto atingiu é considerada rasa, o que gera um impacto maior do que tremores mais profundos. O tremor teve seu epicentro localizado em Norcia, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos, e foi sentido em quatro cidades, principalmente em Amatrice e Accumoli, e até na capital Roma.
“Esse terremoto foi raso e aconteceu na região central. Até 10 km (de profundidade) é considerado raso. Quando você tem um terremoto desse em centros, o efeito é maior. Teve um tremor de 6,8 em Mianmar, e a profundidade foi de 84 km. Esse tremor é sentido, mas não tanto quanto um de profundidade de 4km”, afirmou.
“Um país como o Japão não terá tanto efeito porque lá tem uma estrutura, já é um país muito bem preparado para situações do tipo”, completou o professor.
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