Terremoto de 5,6 graus no leste da RDC deixam pelo menos dois mortos

  • Por Agencia EFE
  • 07/08/2015 12h19

Nairóbi, 7 ago (EFE).- Pelo menos duas pessoas morreram na província de Kivu do Sul após um terremoto de magnitude 5,6 graus na escala Richter que atingiu a zona leste da República Democrática do Congo (RDC) na noite de quinta-feira, informaram nesta sexta-feira os meios de comunicação locais.

Um policial morreu em uma delegacia de Katana, cidade situada a cerca de 35 quilômetros ao norte de Bukavu, e uma mulher faleceu em Kasheke, também na província de Kivu do Sul, depois que os muros dos edifícios nos quais estavam caíram, declararam fontes locais a Rádio Okapi.

Em muitas outras localidades da zona foram registrados incidentes de menor gravidade e por enquanto o balanço é de 30 feridos e várias dezenas de casas destruídas.

O terremoto aconteceu entre 3h15 e 3h50 hora local (22h15 e 22h50, em Brasília), com uma primeira sacudida muito forte e depois duas réplicas de menor intensidade que foram sentidas até em Walungu, cidade situada a cerca de 70 quilômetros do epicentro.

Cientistas do Centro de Pesquisa de Ciências Naturais de Lwiro explicaram à “Rádio Okapi” que é muito provável que ocorram mais réplicas e destacaram que a região “não está preparada para resistir a este tipo de movimentos sísmicos”, além de pedirem ao povo que permaneça fora de suas casas por via de dúvidas.

As autoridades locais pediram ajuda à Missão das Nações Unidas para o Congo (MINUSCO) para que seus helicópteros sobrevoem dois vulcões próximos, o Nyiragongo e o Nyamulagira, em busca de pistas que permitam avaliar a possível relação dos tremores com a atividade vulcânica.

O terremoto também foi sentido em Ruanda e Uganda, embora no caso dos países vizinhos os danos tenham sido menores.

Em 2002 e 2008 ocorreram tremores similares e também tiveram como local de origem a rachadura do lago Kivu, uma zona muita atividade vulcânica.

Em 2008, o terremoto deixou 45 mortos, dos quais sete ocorreram na província de Kivu Sul e 38 em Ruanda, país limítrofe com a zona. EFE

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