Tesouro dos EUA alerta que teto da dívida será atingido no final de fevereiro
Washington, 22 jan (EFE).- O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Jack Lew, pediu nesta quarta-feira que o Congresso eleve o teto de endividamento para o “final de fevereiro”, e evite que o país tenha que declarar-se em suspensão parcial de pagamentos.
“Com todo o respeito, insto o Congresso a fornecer certeza e estabilidade à economia e aos mercados financeiros atuando para elevar o limite de dívida antes de 7 de fevereiro, e certamente antes do final de fevereiro”, afirmou Lew em carta dirigida ao Congresso.
Previamente, o Tesouro tinha afirmado que no início de março se alcançaria o teto de endividamento, de US$ 16,7 trilhões.
No entanto, Lew destacou que, de acordo com os últimos cálculos e dado que em fevereiro é quando o Tesouro tem que realizar o reembolso dos impostos, a data foi antecipada.
O acordo alcançado no mês de outubro do ano passado no Congresso permitiu prorrogar o teto de endividamento até 7 de fevereiro, data a partir da qual Lew indicou que o Tesouro poderia voltar a aplicar “medidas extraordinárias” para prolongar os recursos de pagamento do governo federal.
No entanto, alertou que estas medidas não poderiam ser mantidas durante “um amplo período de tempo”.
“Proteger a plena credibilidade e o crédito dos EUA é responsabilidade do Congresso, porque só o Congresso pode estender a capacidade de endividamento do país. Nenhum Congresso em nossa história deixou de fazer frente a essa responsabilidade”, disse o secretário do Tesouro.
Deste modo, o Congresso, fortemente dividido entre republicanos e democratas, voltará a viver um novo debate orçamentário como o encenado em outubro, e no qual a administração federal sofreu um fechamento parcial durante duas semanas antes que se alcançasse um acordo. EFE
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