Testemunha de chacinas na Grande SP é assassinada

  • Por Agência Estado
  • 08/11/2015 10h07
Reprodução Polícia Militar SP

Um segurança particular que era a principal testemunha de chacinas com o envolvimento de policiais militares na Grande São Paulo em 2012 e 2013 foi assassinado na manhã de anteontem. David Sabino de Oliveira Filho, de 32 anos, foi morto a tiros na frente de um pequeno comércio que mantinha em Osasco, onde parte dos assassinatos em série aconteceu.

A testemunha forneceu várias informações sobre mortes em série ocorridas em Osasco e Carapicuíba em 2012 e 2013. Na época, ele trabalhava como segurança particular na cidade e chegou a trabalhar com policiais militares. Seus depoimentos resultaram em cinco prisões preventivas e na identificação de um sexto suspeito, que está foragido, segundo relatou em nota a Secretaria de Segurança Pública (SSP).

Oliveira Filho foi baleado por volta de 10h30 de sexta-feira na Avenida João de Andrade, Jardim Roberto, bairro de Osasco. De acordo com informações da SSP, uma testemunha viu três homens atirarem contra o segurança. Não foi possível, entretanto, identificar os atiradores.

Um carro do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas, quando chegou ao local, Oliveira Filho já estava morto. O corpo foi enterrado ontem no Cemitério Municipal Jardim Santo Antonio, também em Osasco.

A morte é investigada pelo Setor de Homicídios da Polícia Civil da cidade, que começou a colher depoimentos anteontem.

Proteção

Ainda de acordo com a Secretaria de Segurança, Oliveira Filho foi convidado diversas vezes para entrar para o programa de proteção à testemunha, “mas sempre negou”. Ele chegou a ficar escondido, mas recentemente voltou a Osasco e tentava tocar a vida normalmente.

Em agosto, outras chacinas ocorridas em Osasco e Barueri deixaram 23 mortos. Seis policiais e um guarda-civil foram presos sob a suspeita de participarem dos crimes. A série de crimes teria acontecido em retaliação à morte de um policial militar dias antes.

Ao investigar a suspeita de participação de policiais militares em uma chacina em Carapicuíba, a Corregedoria da PM chegou à conclusão de que há uma organização criminosa montada dentro da corporação, que vem praticando vários crimes na região, como noticiou o Estado em 20 de outubro.

*As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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