Testes clínicos de vacina contra ebola começarão na Suíça em novembro
Genebra, 21 out (EFE).- A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse nesta terça-feira que no dia 1º de novembro começarão na Suíça os testes clínicos de uma das duas vacinas contra o ebola.
“O teste de Lausanne (Suíça) incluirá metade do total de voluntários em que serão testadas as vacinas e permitirá ter o número suficiente de pessoas para testar sua segurança e imunogenicidade (resposta imunológica no organismo)”, declarou a subdiretora-geral da OMS, Marie-Paule Kieny.
A vacina é a NIAID/GSK, desenvolvida pela farmacêutica GlaxoSmithKline, e que já está sendo testada em voluntários em Reino Unido, Estados Unidos e Mali.
A outra vacina é a VSV-EBOV, produzida no Canadá. O governo canadense doou um grande lote desse produto à OMS, que chegará hoje a Genebra, onde fica a sede mundial da organização.
As vacinas serão armazenadas no Hospital Cantonal de Genebra e parte delas será enviada no momento oportuno para outros países onde acontecerão mais testes.
Trata-se de 800 ampolas que serão utilizadas na parte mais importante da primeira fase dos testes clínicos, que já começaram nos Estados Unidos com um pequeno número de voluntários, detalhou Marie-Paule.
Nas próximas semanas, acrescentou, os experimentos com o produto se estenderão para Alemanha, Gabão, Quênia e também serão feitos em Genebra.
O número mínimo necessário para realizar os testes de uma vacina deste tipo é de 250 pessoas saudáveis, com entre 18 e 65 anos.
No caso das duas vacinas (cerca de 120 para cada uma), cerca de metade dos participantes dos testes estarão na Suíça, acrescentou o responsável.
Por outro lado, Marie-Paule informou que os resultados da primeira fase dos testes com essas vacinas contra o ebola estarão prontos em dezembro e, caso sejam positivos, serão enviadas em janeiro aos países africanos afetados pelo vírus do ebola.
Explicou que na primeira fase de testes se procura, além de garantir que as vacinas são seguras e produzem alguma resposta imunológica no organismo, conhecer a dose exata necessária para que seja eficaz.
Apesar de não ter sido formalmente decidido, existe um consenso entre os especialistas que assessoram à OMS e diferentes organizações humanitárias que as vacinas devem ser administradas, em primeiro lugar, aos “trabalhadores da linha de frente”, como profissionais de saúde, coveiros e familiares que lidam com os doentes de ebola. EFE
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