Texas fará registro dos policiais que atirarem contra pessoas

  • Por Agencia EFE
  • 17/06/2015 20h03
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Austin (EUA.), 17 jun (EFE).- Em meio aos escândalos gerados pela violência policial nos Estados Unidos, o governador do Texas, Greg Abbott, promulgou uma lei nesta quarta-feira para que todos os agentes que atirarem contra pessoas a partir do dia 1º de setembro sejam incluídos em um registroúnico administrado pelo estado.

No registro, sob controle da procuradoria-geral, também constarão as informações dos agentes que forem alvos de tiros durante o serviço.

O local escolhido por Abbott para assinar a lei foi a cidade de Dallas, onde no sábado um indivíduo atirou contra as instalações do Departamento de Polícia antes de ser atingiro pelo disparo de um agente.

Segundo o texto da lei, as corporações policiais terão 30 dias desde o momento do incidente para enviar à procuradoria-geral um relatório que inclua a idade, o sexo e a cor da pele da pessoa que for alvo de tiros, assim como do agente que apertar o gatilho.

O relatório também deverá dizer se a vítima do estava armada, a razão pela qual o policial atirou e o número de agentes que havia no local. Os incidentes que não tiverem mortos ou feridos não deverão ser reportados.

“Esta lei nos coloca como referência no país. O Texas terá um registro que será a inveja do país”, explicou o representante democrata Eric Johnson, idealizador da lei no Legislativo texano.

A procuradoria-geral atualizará periodicamente o registro, que poderá ser consultado online, e uma vez ao ano será publicado um relatório com todas as informações para ser apresentado às autoridades e também será de disponibilizado para acesso público.

Apesar de algumas ressalvas no começo, a iniciativa teve o apoio de alguns departamentos de polícia, como os de Houston e Dallas, que introduziram alguns aspectos e apoiaram sua aprovação, apoiada por democratas e republicanos.

Após o tiroteio de um ano atrás em Ferguson (Missouri), no qual um jovem negro desarmado morreu pelos tiros de um agente, teve início uma série de protestos pela falta de informação sobre esses casos. EFE

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