Tigre libertado por Putin é acusado de massacrar curral de cabras na China

  • Por Agencia EFE
  • 26/11/2014 08h10
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Pequim, 26 nov (EFE).- Ustin, um dos dois tigres libertados pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, que atravessou a fronteira e “emigrou” para a China, é suspeito de cometer um ataque em um curral de cabras que matou dois animais e deixou três desaparecidos, informou nesta quarta-feira a agência chinesa “Xinhua”.

Em junho, Putin libertou três tigres siberianos em uma floresta russa, na região de Amur, como parte de um programa de preservação da espécie.

A fazenda com o curral se localiza em uma ilha do rio Amur, na fronteira entre a Rússia e a China. As pegadas e os restos deixados no local após o massacre, ocorrido no domingo passado, indicam que foi Ustin o autor da ação, segundo especialistas citados pela agência

A imprensa chinesa segue há semanas com grande atenção as peripécias de Ustin e Kuzya, os dois “tigres de Putin” que circulam por território chinês aproveitando o congelamento do rio localizado na fronteira nos meses mais frios.

Diante da expectativa causada, as autoridades pediram aos moradores da ilha, compartilhada por Rússia e China, que se mantenham afastados do felino e não ofereçam comida caso o vejam.

Kuzya, o outro tigre libertado e que também foi para a China, tentava na semana passada retornar para o território russo, informou a “Xinhua”.

Os tigres pertencem a uma ninhada de cinco filhotes encontrados há dois anos e que, após serem criados em cativeiro, foram postos em liberdade, três deles em cerimônia presidida por Putin.

O fato de dois deles terem chegado à China foi motivo de muitos comentários nos meios de comunicação internacionais, onde se brincou com a “deserção” dos grandes felinos ligados ao chefe de Estado russo, que neste mês viajou para Pequim e falou sobre os animais em um encontro com o presidente chinês, Xi Jinping.

Apenas cerca de 500 tigres siberianos vivem atualmente em seu habitat selvagem, a maioria na Rússia, embora aproximadamente 20 se encontram no nordeste da China e na península coreana, perto da fronteira de ambas as regiões com o território russo. EFE

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