Tiroteio e ameaça de bomba em Oslo foram simulados por guarda de segurança

  • Por Agencia EFE
  • 06/08/2015 09h57
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Berlim, 6 ago (EFE).- O tiroteio e a ameaça de bomba, que depois se comprovou falsa, ontem, no campus da Universidade de Oslo, foram simulados pelo guarda de segurança que teria sido vítima do ataque, informaram fontes policiais nesta quinta-feira.

O próprio guarda, que recebeu cinco disparos, confessou em um interrogatório policial ter “encenado” o tiroteio, assim como a colocação de um objeto que simulava bomba, encontrado em frente a Faculdade de Físicas.

O suposto tiroteio e ameaça de bomba ativaram os alertas da polícia, que montou uma grande operação na região para explodir a suposta bomba, enquanto o guarda foi internado em um hospital para ser atendido.

Em suas primeiras declarações, o vigilante contratado por uma empresa privada, afirmou ter visto dois suspeitos no recinto e que, ao tentar persegui-los, foi baleado.

O vigia descreveu seu “agressor” como um homem branco de 1,75 metro de altura, que falava inglês e usava um boné vermelho.

O guarda sofreu ferimentos na testa, no braço e no peito, todos leves, já que usava colete à prova de balas.

Ao tiroteio de madrugada seguiu, na manhã seguinte, à evacuação e ao isolamento de parte do campus da Universidade depois de o objeto suspeito ser encontrado.

O alarme só foi suspenso horas depois, quando as equipes anti-bombas estabeleceram que o objeto não continha explosivos e que tinha sido claramente desenhado com a intenção de “causar medo”.

A polícia informou hoje, já no hospital, em um interrogatório posterior, que o guarda confessou que tudo tinha sido uma simulação e que se tinha disparado em si mesmo. Ele será processado por perjúrio.

Segundo a televisão norueguesa “TV 2”, o guarda tinha afirmado anteriormente ter sido vítima de sucessivos ataques, em 2013 e 2014, enquanto patrulhava pela Universidade.

Fontes da empresa de segurança em que ele trabalha atribuíram o ocorrido a problemas pessoais ou transtornos de personalidade.

Horas depois do incidente, os serviços secretos noruegueses descartaram um possível cenário extremista ou terrorista. EFE

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