Tóquio exige que Pyongyang cumpra palavra e dê informação sobre sequestrados

  • Por Agencia EFE
  • 07/08/2015 00h59

Tóquio, 7 ago (EFE).- O Japão exigiu novamente nesta sexta-feira que a Coreia do Norte cumpra o que foi pactuado em 2014 e ofereça informação o mais rápido possível sobre os cidadãos japoneses sequestrados e retidos pelo regime dos Kim nos anos 70 e 80.

Esse foi a mensagem transmitida pelo ministro das Relações Exteriores japonês, Fumio Kishida, a seu colega norte-coreano, Ri Seu-yong, segundo informou hoje a agência “Kyodo”.

Ambos se reuniram na véspera em Kuala Lumpur (Malásia) à margem dos encontros da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) e seus sócios regionais.

Kishida insistiu que Tóquio quer “implementar” o acordo alcançado por ambos países em maio do ano passado em reunião bilateral realizada em Estocolmo (Suécia).

Pyongyang se comprometeu então a reabrir uma investigação sobre estes sequestros em troca de que Tóquio suspendesse sanções unilaterais que mantinha desde 2006, por causa dos testes de mísseis norte-coreanos, em matéria de deslocamentos e de envio de remessas entre ambos países.

No entanto, a Coreia do Norte ainda não ofereceu informação ao Japão um ano após comprometer-se a analisar os casos, e pediu mais tempo para investigar.

Após o encontro de quinta-feira, Kishida disse que Ri lhe garantiu que Pyongyang realiza as investigações segundo o estipulado em Estocolmo e que Tóquio terá a informação.

O Japão sustenta que entre 1977 e 1983 pelo menos 17 japoneses foram sequestrados pela Coreia do Norte para subtrair suas identidades ou para que ministrassem aulas de cultura e idioma em seus programas de treinamento de espiões.

Em 2002 Pyongyang reconheceu vários dos sequestros e devolveu cinco pessoas ao Japão, mas afirmou que os 12 restantes ou morreram ou nunca pisaram em solo norte-coreano, um relato carregado de inconsistências do qual desconfia o Executivo japonês.

A resolução destes sequestros representa o principal empecilho para que Tóquio e Pyongyang, que não mantêm relações diplomáticas, possam normalizar seus vínculos. EFE

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