Tóquio verifica autenticidade de vídeo do EI com reféns japoneses
Tóquio, 20 jan (EFE).- O governo japones analisaa autenticidade do vídeo divulgado nesta terça-feira, no qual o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) ameaça executar dois reféns japoneses e exige em troca um resgate de US$ 200 milhões.
“O governo do Japão está trabalhando com os países relacionados para obter informação sobre a captura e confirmar os fatos”, disse hoje o ministro porta-voz do Executivo japonês, Yoshihide Suga.
Suga anunciou que o primeiro-ministro, Shinzo Abe, que hoje se encontra em Jerusalém, decidiu cancelar o resto de sua viagem pelo Oriente Médio para se concentrar na gestão desta crise.
Por sua vez, o vice-ministro japonês de Relações Exteriores, Yasuhide Nakayama, que acompanha Abe, irá à Jordânia para tratar o assunto dos sequestros desde o país.
“Se for verdade o que diz o vídeo, sentiríamos um enorme indignação perante semelhante ameaça à vida de um ser humano. É imperdoável”, apontou Suga durante uma entrevista coletiva.
No vídeo, os dois sequestrados, identificados como Haruna Yukawa e Kenji Goto Jogo, aparecem ajoelhados e vestidos com um macacão laranja como já é frequente nos vídeos do EI, enquanto as ameaças são efetuadas por um combatente encapuzado que fala em inglês.
O grupo dá na gravação um prazo de 72 horas ao governo japonês para responder a sua reivindicação.
Yukawa, de 42 anos, foi sequestrado em meados de agosto por um grupo islamita radical em Aleppo (norte da Síria) e segundo os meios de comunicação japoneses, estava junto com membros de outra facção rebelde rival no momento de sua captura.
Os motivos de sua estadia no território sírio são confusos, embora, de acordo com fontes insurgentes citadas pela imprensa japonesa, foi capturado quando acompanhava membros da Frente Islâmica em um enfrentamento.
Por outro lado, Goto é um jornalista freelancer de 47 anos que foi capturado pelo EI quando estava na Síria cobrindo o conflito bélico e conheceu Yukawa. EFE
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