Trabalhadores portugueses protestam contra alta de impostos após resgate

  • Por Agencia EFE
  • 04/05/2014 22h58
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Lisboa, 1 mai (EFE).- Os trabalhadores portugueses celebraram nesta quinta-feira o dia 1º de maio com novos protestos pela alta de impostos anunciada pelo governo para o período posterior ao programa do resgate internacional.

O novo projeto do Executivo conservador anunciado ontem, que amplia até 2018 os planos de austeridade com altas do IVA e da contribuição salarial à Seguridade Social, foi recebido neste Dia do Trabalho com duras críticas sindicais e dos partidos de esquerda da oposição.

O líder do principal sindicato do país, a marxista Confederação Geral de Trabalhadores Portugueses (CGTP), Armênio Carlos, denunciou que as novas medidas do governo põem em questão os direitos trabalhistas e salariais.

Em declarações aos jornalistas, Carlos afirmou que a troika de credores (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) “vai a sair” de Portugal, mas o gabinete “vai continuar” com a mesma política de austeridade.

“A resposta (sindical) vai a ser dura”, anunciou Armênio Carlos, que anunciou um calendário de protestos “reforçado” e, inclusive, não descartou a convocação de uma greve geral.

O dirigente sindical liderou uma manifestação da CGTP pelo centro de Lisboa, na qual as palavras de ordem se voltavam contra a política de austeridade do governo, enquanto o primeiro-ministro português, o conservador Pedro Passos Coelho, era chamado de “mentiroso” e de “ladrão”.

A socialista União Geral de Trabalhadores (UGT) celebrou o Dia do Trabalho separadamente, em uma festa junto à Torre de Belém em Lisboa, onde estava previsto um discurso final de seu secretário-geral, Carlos Silva.

No entanto, ambos os sindicatos recordaram os 40 anos do primeiro Dia do Trabalho democrático, celebrado após a revolução de 25 de abril de 1974 – a chamada Revolução dos Cravos. EFE

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