Trabalhadores protestam por campanha salarial na Avenida Paulista

  • Por Agencia EFE
  • 15/09/2015 18h39

São Paulo, 15 set (EFE).- Sindicalistas e trabalhadores, a maioria da indústria automotiva, bloquearam parcialmente a Avenida Paulista nesta terça-feira em protesto por melhores condições salariais e em apoio à democracia do país.

A concentração convocada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) ocorreu em frente à sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Os trabalhadores pedem que o reajuste obrigatório de salários seja feito com base na inflação, que deve terminar este ano com um índice superior a 9%, o dobro da meta oficial e acima do teto máximo de 6,5% tolerado pelo governo.

Neste semestre, segundo a CUT, mais de 1,8 milhão de trabalhadores no país devem ser beneficiados com esse reajuste salarial. Um terço deles são operários metalúrgicos da indústria automotiva, uma das mais afetadas pelos problemas econômicos do país.

O setor automotivo reduziu em agosto o número de empregados no comparativo anualizado em 9,8%, para 134.312, um reflexo da situação econômica do país, que, segundo números oficiais, se contrairá 1,49% este ano, após um crescimento de 0,1% em 2014, de acordo com dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Em um cenário de recessão técnica e inflação alta, que afeta a capacidade de consumo dos brasileiros, a indústria automotiva adotou medidas para reduzir a produção, mediante a diminuição da jornada de trabalho, a paralisação da fabricação durante semanas e até demissões em massa em algumas fábricas.

Os dirigentes sindicais anunciaram nesta terça-feira que realizarão outras manifestações até o fim do ano em diferentes cidades pelas mesmas causas trabalhistas e por outras reivindicações da sociedade.

Além das reivindicações salariais, o chamado “Ato Unificado” da CUT saiu em defesa do governo da presidente Dilma Rousseff, que começa a ser criticado por parte dos movimentos sociais devido às novas medidas propostas para cortar gastos públicos que afetarão programas sociais. EFE

wgm/vnm

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