Trabalhadores que atuam na ampliação do Canal do Panamá anunciam greve
Cidade do Panamá, 8 ago (EFE).- O principal sindicato dos trabalhadores que atuam na ampliação do Canal do Panamá anunciou neste sábado que entrará em greve para exigir um aumento salarial estipulado na convenção coletiva do setor ao consórcio Grupo Unidos pelo Canal (GUPC).
O secretário-geral do Sindicato Único Nacional de Trabalhadores da Indústria da Construção e Similares (Suntracs), Saúl Méndez, indicou à Agência Efe que, após dois meses de negociações com o consórcio e o governo, os trabalhadores decidiram pela convocação da greve, que deve ser iniciada nos próximos dias.
“Ainda não determinamos uma data exata, mas em qualquer momento ela (a paralisação) pode começar”, alertou Méndez.
O sindicalista afirmou que 6.000 trabalhadores cruzarão os braços para exigir um aumento salarial superior aos 8%. O reajuste deveria ter sido aplicado desde o mês de julho, segundo o acordo coletivo assinado com a Câmera Panamenha da Construção, segundo Méndez.
O secretário-geral do Suntracs explicou que durante dois meses manteve reuniões infrutíferas com o GUPC, liderado pela espanhola Sacyr e integrado por Impregilo (Itália), Jan de Nul (Bélgica) e Cusa (Panamá).
Em um comunicado, o Suntracs informou o consórcio que paralisará as atividades nos sistemas de eclusas de embarque da ampliação do canal, nos setores Pacífico e Caribe.
No documento, o sindicato afirma que a greve continuará até que os trabalhadores recebam o aumento salarial previsto na convenção, com caráter retroativo até o dia 1 de julho.
As obras de ampliação do Canal do Panamá, que estavam 91,3% concluídas até o dia 30 de junho, devem ser finalizadas em seis meses, segundo as previsões do GUPC. As operações estão previstas para terem início em abril de 2016.
A nova estrutura começou a ser construída em 2007, com um investimento total de US$ 5,25 bilhões.
Atualmente, 6% do comércio mundial passa pelo Canal do Panamá. EFE
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