Transição de comando no Complexo da Maré é considerada bem-sucedida
A troca de homens das Forças Armadas por policiais militares foi considerada tranquila e bem-sucedida em quatro comunidades carentes do conjunto de favelas da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro.
Essa transição começou no mês passado e vai acontecer até o final do mês de junho, quando todos os homens do Exército, da Marinha e da Aeronáutica deixarão definitivamente o conjunto de favelas da Maré.
No mês passado foram duas ocupações de duas comunidades. Na madrugada desta sexta-feira (01), mais quatro comunidades foram ocupadas: Nova Holanda, Parque União, Rubem Vaes e Nova Maré. No mês passado já tinham sido ocupadas as comunidades Roquete Pinto e Praia de Ramos.
Para facilitar as ações, a PM criou um cinturão de segurança antes da incursão nestas outras quatro favelas do complexo da Maré. A ideia é instalar a primeira UPP já no mês de junho. A primeira deve ser instalada na comunidade Roquete Pinto.
No primeiro trimestre do ano que vem, outras bases devem ser instaladas no local, nas favelas Nova Holanda, Timbal e Pinheiro. A ideia da PM do RJ é que sejam construídas de dez a doze vagas no complexo da Maré.
Por conta do clima tenso da disputa por pontos de venda de drogas entre três facções criminosas, muitas mortes, tiroteios, conflitos e medo entre os moradores, a polícia do RJ montou uma estratégia para a ocupação.
Primeiro, comunidades que eram dominadas por milicianos. Durante esse processo de transição de comando, o BOPE e o Choque vão fazer intervenções em ações nas comunidades, segundo o porta-voz da PM fluminense, major Frederico Caldas.
“Todo um trabalho de inteligência está sendo realizado por conta da Coordenadoria de Inteligência, a partir das informações que foram compartilhadas pelas Forças Armadas. E essa checagem de informações vai ser fundamental para a realização da operação”, explicou.
Durante ocupação plena do Complexo da Maré, as Forças Armadas tiveram uma baixa. O oficial Michel Augusto Mikami, de 21 anos, nascido em Vinhedo, no interior de SP, morreu ao ser atingido por um tiro na cabeça.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.