Transnístria pede que Rússia, ONU e OSCE reconheçam sua independência

  • Por Agencia EFE
  • 16/04/2014 11h44
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Moscou, 16 abr (EFE).- O parlamento da república separatista moldávia da Transnístria aprovou nesta quarta-feira uma resolução na qual pediu que Rússia, ONU e a Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) reconheçam sua independência.

Os legisladores da região rebelde lembraram que no referendo de 17 de setembro de 2006 mais de 97% da população se pronunciou a favor da separação da Moldávia e da anexação à Rússia.

“Ao expressar sua vontade mediante um mecanismo fundamental da democracia direta que é a consulta popular (…) o povo da Transnístria utilizou seu legítimo direito de determinar livremente e sem ingerências seu status político”, disse o texto do documento, segundo agências russas.

A resolução acrescentou que “conforme as normas do direito internacional, o direito de autodeterminação do povo deve ser a base das decisões políticas e cada Estado deve respeitá-lo”.

O parlamento de Transnístria, que rompeu laços com a Moldávia após um conflito armado (1992-93), estuda agora introduzir a legislação russa em todo seu território, o que seria o início de sua unificação com a Rússia.

Desde o final da guerra civil, que deixou centenas de mortos, a Moldávia defende a união dos dois territórios separados pelo rio Dniester, o que sempre foi rechaçado pelos separatistas.

A Rússia defende a integridade territorial da Moldávia, mas também a concessão de um status especial para Transnístria, enquanto a União Europeia propõe que a região separatista permaneça como parte da Moldávia como uma autonomia com grandes poderes.

O presidente russo, Vladimir Putin, denunciou recentemente “o bloqueio exterior ao qual está submetida Transnístria, o que dificulta notavelmente as condições de vida dos habitantes da região”.

Em Transnístria, faixa de terra encravada entre a Ucrânia e a Moldávia, vivem entre 150 e 200 mil pessoas, um terço do pouco mais de meio milhão de habitantes do país. EFE

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